O macaco da nossa mente salta de uma coisa para a outra e, o seu passatempo favorito é disfarçar-se no tempo. No antes e no depois. Também o ruído interno que nos acompanha diariamente, é outro dos aliados do medo. É outra das suas camuflagens, outra das manhas do ego para que nos esqueçamos de quem somos.
Não espere por amanhã para dizer “este é o primeiro dia do resto da minha vida”. Não espere, porque cada instante é único e pode ser o começo doutra forma de se aventurar nessa viagem interior que é a vida. Pare por um momento e recorde quem é.
Perdoar é não valorizar. É não dar realidade aquilo que, por mais real que nos pareça, nunca aconteceu. É um sonho do qual ainda não despertámos. Então, se é um sonho, quem poderemos então culpar dos nossos problemas?
Neste mundo de aparências e ilusões, também culpamos os outros por aquilo que nos parece acontecer.
Através do perdão, ou seja do conhecimento da ilusão, chegaremos ao conhecimento do amor. Só eliminando a culpa em nós e libertando os outros dela poderemos atingir um estado mental que nos fará conhecer uma realidade diferente ainda neste mundo. O perdão é a chave para percepcionar essa nova realidade.
Corremos para os empregos, tratamos dos filhos, tratamos dos pais doentes, fazemos contas ao dinheiro que às vezes não chega e fazemos férias desgastantes. Haverá melhor maneira de evitarmos a reflexão e o questionamento desta realidade?
A nossa atenção é desviada intencionalmente pelo nosso consciente para tarefas de sobrevivência com o objectivo de que o nosso auto-conceito não seja posto em causa. Inconscientemente tememos a nossa espiritualidade. Preferimos acreditar que somos meros esqueletos andantes num mundo desolador de sofrimento e morte. Um mundo sem esperança. Um mundo limitado ao que os nossos sentidos percepcionam.
Uma mudança de mentalidade acarreta inevitavelmente algum sofrimento e desconforto. É uma ilusão própria do ego pensarmos que a nossa vida muda pelo simples facto de mudarmos de cidade ou de parceiro e deixando intacto o nosso auto-conceito. É necessário que ele mude. E por isso , quando começa uma verdadeira mudança no nosso interior, geram-se conflitos e uma aparente solidão ao sentirmos que aquilo que tanto valorizámos e que aparentemente nos dava satisfação, deixou de o fazer. Surge uma espécie de raiva por já não apreciarmos o que antes tanto apreciávamos. Parece que perdemos as nossas referências no mundo. O nosso auto-conceito leva-nos a fazer a pergunta : então para quê viver?
Simultaneamente, uma paz brotando do mais profundo do nosso ser vem, gradualmente, substituir essa ansiedade, permitindo-nos olhar para os valores que o mundo nos oferece com mais distanciamento e desapego. Finalmente, podemos entender qual o verdadeiro propósito no mundo. Um lugar onde viemos para aprender que o nosso irmão é o nosso salvador, independentemente da forma que ele tenha. Que será escutando o seu pedido de ajuda e respondendo-lhe que nós nos ajudaremos a nós próprios. Compreenderemos finalmente que, aquele que atacávamos, afinal éramos nós próprios. Porque todos somos um.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Ego
O medo é a arma que mantém a nossa crença neste mundo do qual, temos consciência. O mundo rege-se por ele. Respiramo-lo diariamente. O poder baseia-se nele. Disfarça-se das maneiras mais insuspeitas.
Aquilo a que chamamos amor neste mundo também é uma das faces do medo. Relacionamo-nos com outras pessoas que consideramos especiais, sendo este o resultado duma procura inconsciente de quem nos poderá completar. O nosso parceiro ou parceira. O nosso melhor amigo. Quando a satisfação aparente desse relacionamento se esgota, revela-se finalmente a sua verdadeira natureza baseada na contrapartida. Logo de seguida somos levados intuitivamente a procurar um novo relacionamento que nos dê nova satisfação ou nos dê nova satisfação ou nos complete outra vez.
É normal constatar-se que num relacionamento as pessoas tenham personalidades opostas. E tudo se passa como se fôssemos vasos comunicantes de emoções inconscientes.
Quando se nivelam acaba-se o relacionamento.
É essa a intenção do ego, ou seja fazer-nos crer que somos seres separados com interesses diferentes e só às vezes conciliáveis.
Há dependências para todos os gostos. Mas, facilmente as identificaremos como uma das várias caras do medo. O medo de ser rejeitado talvez seja o mais frequente, porque temos na nossa memória genética, uma recordação gravada das remotas épocas pré- históricas onde a rejeição do grupo significava o pior dos castigos. A morte. O indivíduo sozinho não podia sobreviver pelos seus próprios meios num ambiente hostil e agressivo, sem contar com o apoio do grupo ( tribo).
O medo é um velho conhecido que acompanha a humanidade desde os tempos imemoriais. Desde que existe ego. Comparte connosco a nossa experiência quotidiana; é intemporal, e está presente em todas as culturas do planeta; assim como a liberdade e o amor. Eles estão em partes iguais, não o esqueçamos. Somos nós que provocamos o desequilíbrio, transformando a luz em sombra. Quando existe liberdade desaparece o medo. São extremos opostos. A liberdade só se alcança desmascarando o medo.
Aquilo a que chamamos amor neste mundo também é uma das faces do medo. Relacionamo-nos com outras pessoas que consideramos especiais, sendo este o resultado duma procura inconsciente de quem nos poderá completar. O nosso parceiro ou parceira. O nosso melhor amigo. Quando a satisfação aparente desse relacionamento se esgota, revela-se finalmente a sua verdadeira natureza baseada na contrapartida. Logo de seguida somos levados intuitivamente a procurar um novo relacionamento que nos dê nova satisfação ou nos dê nova satisfação ou nos complete outra vez.
É normal constatar-se que num relacionamento as pessoas tenham personalidades opostas. E tudo se passa como se fôssemos vasos comunicantes de emoções inconscientes.
Quando se nivelam acaba-se o relacionamento.
É essa a intenção do ego, ou seja fazer-nos crer que somos seres separados com interesses diferentes e só às vezes conciliáveis.
Há dependências para todos os gostos. Mas, facilmente as identificaremos como uma das várias caras do medo. O medo de ser rejeitado talvez seja o mais frequente, porque temos na nossa memória genética, uma recordação gravada das remotas épocas pré- históricas onde a rejeição do grupo significava o pior dos castigos. A morte. O indivíduo sozinho não podia sobreviver pelos seus próprios meios num ambiente hostil e agressivo, sem contar com o apoio do grupo ( tribo).
O medo é um velho conhecido que acompanha a humanidade desde os tempos imemoriais. Desde que existe ego. Comparte connosco a nossa experiência quotidiana; é intemporal, e está presente em todas as culturas do planeta; assim como a liberdade e o amor. Eles estão em partes iguais, não o esqueçamos. Somos nós que provocamos o desequilíbrio, transformando a luz em sombra. Quando existe liberdade desaparece o medo. São extremos opostos. A liberdade só se alcança desmascarando o medo.
Que bom fazerem-nos um jantarinho.
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"Já é mais que tempo de assentar."É o que a grande maioria dos homens livres pensa.Até os pais ainda vivos, lhes lembram "vê se assentas meu filho".Sentarem-se ou deitarem-se nos sofá ou na cama , já o fazem. Agora, terem de levantar-se...isso é que é mais complicado.Ter que ir à rua lanchar ou ...pior ...jantar. Ele é o frio, é ter que vestir, é ter que gastar dinheiro. A humilhação de ir sozinho....É preciso voltar a assentar. Minimizar o ter que levantar para ir comer à rua. Passar a ferro.Há no entanto aqueles, que aprenderam a viver, gostam de comer em casa, só sair de vez em quando e até têm já o seu orgulho na forma como limpam, lavam , arrumam e cozinham.Tal como a mais comum das mulheres.As divorciadas, agora livres de um homem sempre sentado, têm a "agravante" de cada vez mais "curtirem" o seu papel de domésticas, agora com prazer e liberdade.Eu gosto é dos independentes. E como juntar dois independentes?. A resposta está no diário " Há um homem que descobriu uma coisa."Dos dependentes é fácil. Unem-se com muita facilidade, até impressiona, porque sabemos que o amor não surge assim de repente, com tanta força. O que existe é a força de acreditar de que sim , aquilo é amor. E para o lavrar , e para que não restem dúvidas a ninguém, nem a eles próprios, têm um filho, se ainda puderem. Muitas vezes são elas , como último apelo da natureza e do ciclo hormonal. Outras vezes são eles, como forma de outra chance de serem bons pais , pois há uma ainda que ténue culpa em relação aos outros filhos, que afinal não trataram tão bem como deviam.Hoje em dia, houve-se então muito falar de "um projecto a dois".Com um filho surge a tál catálise do amor. O amor enche-nos tanto que sobra , até para o nosso cônjuge.Mas aos 3 anitos quando os míudos começam a ficar mais independentes, ai! O pior que há é não ser alguém para ninguém.Outro filho. Se puder ainda ser. Mas o casal ? Se se ama, resiste. Se não se ama - ou fica porque não há alternativa melhor; ou se divorcia.Os que ficam?Bom, é vulgar acontecer a sobejamente conhecida história do amante ou da amante.Mais da amante.Porquê?Antigamente era quase um status ou um estádio natural.Hoje, uma das principais razões é : com a mulher, continuam assentados e, com a amante, trocam e mostram o afecto o carinho e o mimo que já não existe com a mulher.Boa sorte. Sempre a farejar.Nita.
"Já é mais que tempo de assentar."É o que a grande maioria dos homens livres pensa.Até os pais ainda vivos, lhes lembram "vê se assentas meu filho".Sentarem-se ou deitarem-se nos sofá ou na cama , já o fazem. Agora, terem de levantar-se...isso é que é mais complicado.Ter que ir à rua lanchar ou ...pior ...jantar. Ele é o frio, é ter que vestir, é ter que gastar dinheiro. A humilhação de ir sozinho....É preciso voltar a assentar. Minimizar o ter que levantar para ir comer à rua. Passar a ferro.Há no entanto aqueles, que aprenderam a viver, gostam de comer em casa, só sair de vez em quando e até têm já o seu orgulho na forma como limpam, lavam , arrumam e cozinham.Tal como a mais comum das mulheres.As divorciadas, agora livres de um homem sempre sentado, têm a "agravante" de cada vez mais "curtirem" o seu papel de domésticas, agora com prazer e liberdade.Eu gosto é dos independentes. E como juntar dois independentes?. A resposta está no diário " Há um homem que descobriu uma coisa."Dos dependentes é fácil. Unem-se com muita facilidade, até impressiona, porque sabemos que o amor não surge assim de repente, com tanta força. O que existe é a força de acreditar de que sim , aquilo é amor. E para o lavrar , e para que não restem dúvidas a ninguém, nem a eles próprios, têm um filho, se ainda puderem. Muitas vezes são elas , como último apelo da natureza e do ciclo hormonal. Outras vezes são eles, como forma de outra chance de serem bons pais , pois há uma ainda que ténue culpa em relação aos outros filhos, que afinal não trataram tão bem como deviam.Hoje em dia, houve-se então muito falar de "um projecto a dois".Com um filho surge a tál catálise do amor. O amor enche-nos tanto que sobra , até para o nosso cônjuge.Mas aos 3 anitos quando os míudos começam a ficar mais independentes, ai! O pior que há é não ser alguém para ninguém.Outro filho. Se puder ainda ser. Mas o casal ? Se se ama, resiste. Se não se ama - ou fica porque não há alternativa melhor; ou se divorcia.Os que ficam?Bom, é vulgar acontecer a sobejamente conhecida história do amante ou da amante.Mais da amante.Porquê?Antigamente era quase um status ou um estádio natural.Hoje, uma das principais razões é : com a mulher, continuam assentados e, com a amante, trocam e mostram o afecto o carinho e o mimo que já não existe com a mulher.Boa sorte. Sempre a farejar.Nita.
Ficar só !?
"Já vi que queres mesmo ficar só. É pena. Eu gosto muito de ti e tu és uma grande mulher."Pois sou.E quem diz que vou ficar só?Já perdi alguns amigos e já vi irem muito colegas meus. Demasiado cedo.Eu não sou uma mulher parideira. Pelo contrário. Sempre tive muita atenção e respeito durante a gravidez. Felicidade. E medo de parir.Sou no entanto uma mulher que é mãe a tempo quase inteiro. Por gosto. Porque curto mesmo. E porque não faço frete, gosto de todos os momentos como mãe, mesmo os que correm mal. Gosto de vê-las crescer - nunca fui obcecada por bebés- felizes e cada vez mais identificadas pela personalidade e individualidade. Tenho um orgulho que transborda. Acho um privilégio. E sei que elas também me amam.Assim, quando digo a um homem que tem que esperar 15 dias para me ver, é verdade.Quinze dias, parece-me bem. Sobretudo se nesse fim de semana houver entrega total, um desfrutar mútuo das ideias, desejos, sonhos, trivialidades, afectos.Claro , há as férias. Mas , quando as minhas filhas chegam, quero lá estar só eu.Por enquanto.Os que me amaram demasiado depressa são aqueles que eu sei que mais facilmente me irão ser infiéisOs que são relutantes em amar-me ou desaparecem ou, ficam sempre em contacto. É destes que posso esperar algo.Podem ser orgulhosos, vaidosos, mas bons pais e trabalhadores. E, nas relações, lutadores.Os provérbios são sábios. Antes só em casa, que encurralada novamente
Contar os dias pelos dedos e ....
"Contar os dias pelos dedos e encontrar a mão cheia.Aqui começo mais um relato do meu dia-a-dia, cheio de peripécias( ou não), aventuras, romances, "desaventuras", resumindo, enfim, o quão maravilhosa, excitante e empolgante é a minha vida ( ou não). Aqui neste pequeno caderninho com argolas, que me foi oferecido inocentemente pelos meus avós ( mal sabem eles as barbaridades descabidas que vão ser aqui escritas), irei recontar pequenos mas empolgantes momentos da minha singela e tão pouco importante vida ( aos olhos do Mundo), esperando que mais tarde possa vir a lê-los e recordar com ternura e riso, e acenando afirmativamente com a cabeça : " Sim, eu era mesmo muito parvinha."; "Oh, não! Não acredito que fiz aquilo!" e "Ah! Os bons velhos tempos!". Porque, afinal, ao fazer esta pequena descrição, mas também reflexão de cada dia que vai passando, que nos parece indiferente e até mesmo banal, poderá surgir-me algum dia ( como súbita luzinha que se acende na minha cabeça apagada) que afinal a minha vida não foi assim tão má e que se calhar (espantem-se, caros senhores, com o meu seguinte narcisismo) até foi bastante boa, maravilhosa, fenomenal! Se chegar ( e espero chegar!) a esta conclusão, chegarei então à última parte da frase que inicia este texto :"encontrar a mão cheia." Então, se calhar ( mera suposição, faça-se notar ) estes pequenos momentos que fazem parte da minha vida são os mesmos, que no final, vão torná-la especial e única. Os pequenos dedinhos vão fazer a mão cheia."Susana, 15 anos, Janeiro de 2009 "
Estou por aqui.
É aqui que me posso esconder e é aqui que me posso encontrar. A minha amiga escreveu, "se não tiver cuidado, não cuidarei de mim". Desta vez foi ela que escreveu. E bolas. O que chorei. Tenho descurado de mim.Tenho falta de alguém que goste de mim. Que venha quando digo que me sinto só. Que converse comigo quando vê as minhas mensagens.
Mas quando começo a analisar os namorados que tive, de facto nenhum deles é merecedor de mim.
Um vive de noite, impacienta-se, precisa da tv, do cigarro, da música e do computador sempre acesos a toda a hora. Esse é o melhor. O mais verdadeiro. O mais desapegado. Mas muito conservador. Como a maioria dos homens. Ele tem muitas mulheres, mas uma mulher ter muitos homens....hum hum.
Outro, gosta só de raça africana. Eu ...fui um engano. Mas desse engano vieram projectos, de casa, vida de casal. Taras.
Outro, o mais bonito, apesar de não ser muito alto, o mais educado, delicado e romântico. Partilhávamos conversas, jantares e cinemas. Tenho muitas saudades. Até que o sexo estragou tudo. As conversas tornaram-se vulgares, insuportáveis, as confidências ordinárias.
O que mais se entranhou em mim, relega-me para segundo plano. Apesar de gostar de mim, manipula-me suavemente, sem me querer perder. E eu a ele.
O meu namorado está por aí, jovial, alegre, forte, alto, bonito, amante de boas gargalhadas, de olhar brilhante, sorriso enternecido, e olha-me francamente com um sorriso que mostra a força do desejo que tem de me abraçar, dar a mão ou beijar suave e longamente.
E eu, estou por aqui.
Mas quando começo a analisar os namorados que tive, de facto nenhum deles é merecedor de mim.
Um vive de noite, impacienta-se, precisa da tv, do cigarro, da música e do computador sempre acesos a toda a hora. Esse é o melhor. O mais verdadeiro. O mais desapegado. Mas muito conservador. Como a maioria dos homens. Ele tem muitas mulheres, mas uma mulher ter muitos homens....hum hum.
Outro, gosta só de raça africana. Eu ...fui um engano. Mas desse engano vieram projectos, de casa, vida de casal. Taras.
Outro, o mais bonito, apesar de não ser muito alto, o mais educado, delicado e romântico. Partilhávamos conversas, jantares e cinemas. Tenho muitas saudades. Até que o sexo estragou tudo. As conversas tornaram-se vulgares, insuportáveis, as confidências ordinárias.
O que mais se entranhou em mim, relega-me para segundo plano. Apesar de gostar de mim, manipula-me suavemente, sem me querer perder. E eu a ele.
O meu namorado está por aí, jovial, alegre, forte, alto, bonito, amante de boas gargalhadas, de olhar brilhante, sorriso enternecido, e olha-me francamente com um sorriso que mostra a força do desejo que tem de me abraçar, dar a mão ou beijar suave e longamente.
E eu, estou por aqui.
O Sexo e a ciodade
Disseram-lhe um dia: "és muita boa na cama . nem imaginas."
Que coisa tão linda para se dizer a uma mulher.
Haverá mulheres que valorizam esta frase. Aquelas que já não têm a função de poderem ser mães outra vez por exemplo. Ainda podem valer alguma coisa - sendo boas na cama.
"Não estou à procura de uma relação = Eu só quero mesmo ir para a cama contigo"
"Ainda estou a lidar com o fim da minha última relação = Estou a planear fazê-lo saindo com um monte de raparigas"
"Tu és uma amiga espectacular = Não estou interessado em manter uma relação contigo"
In revistas cor de rosa.
A cama.O protagonista.
Se não te interessa só ires para a cama comigo , escreve-me um poema um livro uma prosa de amor.
Se não te interessa só ires para a cama comigo, mostra-me um bilhete de um concerto, teatro ou cinema.
Se não te interessa só ires para a cama comigo, bate-me à porta e vamos tomar um café.
Se não te interessa só ires para a cama comigo, porque não irem as miúdas também?
Deixem-me intacta a ideia que tenho do amor. Quero transmiti-lo às minhas filhas. E que elas o vejam espelhado, reflectido, vivido.
Que coisa tão linda para se dizer a uma mulher.
Haverá mulheres que valorizam esta frase. Aquelas que já não têm a função de poderem ser mães outra vez por exemplo. Ainda podem valer alguma coisa - sendo boas na cama.
"Não estou à procura de uma relação = Eu só quero mesmo ir para a cama contigo"
"Ainda estou a lidar com o fim da minha última relação = Estou a planear fazê-lo saindo com um monte de raparigas"
"Tu és uma amiga espectacular = Não estou interessado em manter uma relação contigo"
In revistas cor de rosa.
A cama.O protagonista.
Se não te interessa só ires para a cama comigo , escreve-me um poema um livro uma prosa de amor.
Se não te interessa só ires para a cama comigo, mostra-me um bilhete de um concerto, teatro ou cinema.
Se não te interessa só ires para a cama comigo, bate-me à porta e vamos tomar um café.
Se não te interessa só ires para a cama comigo, porque não irem as miúdas também?
Deixem-me intacta a ideia que tenho do amor. Quero transmiti-lo às minhas filhas. E que elas o vejam espelhado, reflectido, vivido.
Eduardo mãos de moto-serra
Ontem chorámos as duas.
Sempre foste uma mulher por quem os homens se apaixonam loucamente.
Eu, menos bonita, menos exuberante, mais casta e paciente.
Chorámos as duas, porque reconhecemos que inacreditavelmente somos dos poucos casos em que não ficou NADA de uma relação com o homem que escolhemos, para nossos maridos , amantes e pais dos nossos filhos, para terem uma vida connosco.
No teu caso, o sofrimento passa ainda por ver que ele não quer saber dos filhos. Não lhes telefona. Não os vê.
No meu caso, tenho ainda de reconhecer que nem para mãe das filhas ele me achava insubstituível.
Somos más mulheres? Não. Reconhecemos que não.
Submissas também não, com muito fogo sim. Sempre achámos que a vida é para se viver plena, conhecer outras pessoas, falar com elas, rir e conversar com o sr do café e, falar dos afectos.
Nunca fomos interesseiras ou gananciosas.
Mas, também nunca fomos conformadas. Foi talvez por aí que perdemos completamente e irreversivelmente os nossos homens. Mas nunca toleraríamos viver em masoquismo calado.
Estar com um homem, sem o amar ou pior , sem sequer o respeitar.Ah , isso NUNCA.
E , tu, conseguiste sozinha pagar uma casa e comprar outra.
E , eu pelo menos mantê-la, e dar uma educação de luxo às minhas filhas.
Um bem haja a nós.Tchim, tchim.
Sempre foste uma mulher por quem os homens se apaixonam loucamente.
Eu, menos bonita, menos exuberante, mais casta e paciente.
Chorámos as duas, porque reconhecemos que inacreditavelmente somos dos poucos casos em que não ficou NADA de uma relação com o homem que escolhemos, para nossos maridos , amantes e pais dos nossos filhos, para terem uma vida connosco.
No teu caso, o sofrimento passa ainda por ver que ele não quer saber dos filhos. Não lhes telefona. Não os vê.
No meu caso, tenho ainda de reconhecer que nem para mãe das filhas ele me achava insubstituível.
Somos más mulheres? Não. Reconhecemos que não.
Submissas também não, com muito fogo sim. Sempre achámos que a vida é para se viver plena, conhecer outras pessoas, falar com elas, rir e conversar com o sr do café e, falar dos afectos.
Nunca fomos interesseiras ou gananciosas.
Mas, também nunca fomos conformadas. Foi talvez por aí que perdemos completamente e irreversivelmente os nossos homens. Mas nunca toleraríamos viver em masoquismo calado.
Estar com um homem, sem o amar ou pior , sem sequer o respeitar.Ah , isso NUNCA.
E , tu, conseguiste sozinha pagar uma casa e comprar outra.
E , eu pelo menos mantê-la, e dar uma educação de luxo às minhas filhas.
Um bem haja a nós.Tchim, tchim.
A ausência
Considero a ausência do outro responsável pela minha mundanidade: invoco a sua protecção, o seu regresso : que o outro apareça, que me retire - qual mãe que vem buscar o filho - do brilho mundano, da enfatuação social, que me devolva a "intimidade religiosa", a gravidade" do mundo.
Roland Barthes.
Roland Barthes.
Vê-se mesmo que é filha de Químicos.
" A poesia é uma ligação covalente única de palavras que nas entranhas das suas células revela o composto extraordinário que uma pessoa pode ser.A poesia é uma condição com infinitas soluções na qual uma delas é a tua.A poesia é a unidade básica de estrutura e coração dos seres vivos."
Ela teve A ! ( sim com o ponto de exclamação e um círculo à volta. É assim a Su. Só notonas. Marrona.)
Ela teve A ! ( sim com o ponto de exclamação e um círculo à volta. É assim a Su. Só notonas. Marrona.)
Os ataques de pânico
Um dia destes li um livro " Geração Prozac". O culminar do livro, a viragem do pesadelo de uma vida inteira começa quando uma rapariga que desde que se conhecia tinha ataques de pânico e.....toma pela primeira vez o Xanax.Há quem o tome para dormir, há quem o tome para se acalmar mas...ele é por excelência o eliminador dos ataques de pânico.Meus Deus.Só quem já os teve compreende o que é sobreviver a um.Até porque dizem que quando estamos a morrer o que as pessoas sentem e descrevem quando estão a morrer, é muito semelhante a um ataque de pânico.Esse ataque que vem de repente com uma velocidade gigantesca, que traz suores frios, palpitações, sensação muito forte de desmaio, andar flutuante, vontade de ir à casa de banho , de vomitar.Eu vou morrer.Á frente de toda a gente. E o pior é que apesar de toda a amabilidade e susto que sente quem pedimos ajuda, sabemos, oh sim, sabemos tão bem...que essa pessoa não nos pode valer.Se pudessemos naquele instante fugir para a nossa casa de banho e deitarmo-nos no chão, ou encolhermo-nos...mas não.Há uma estrada para atravessar, uma escada rolante para passar, o comboio para apanhar...Não tenho dúvidas ..vou morrer! E NÃO QUERO!!!Pois é. Insegurança, por um pai em que no nosso fundo não se acredita nos ajude quando precisarmos, falta de auto estima, por uma mãe que teve inveja de nós, que nos castrou, ...etc...sei lá!Não me senti amada, cá dentro , inconscientemente.Se isso é verdade porque raio alguém, que nem sequer é nosso pai vai gostar de nós????E se eles não gostaram de nós, porque não éramos lá grande coisa, porque raio havemos de acreditar que vamos conseguir tirar um curso , trabalhar, ter relações sexuais ou filhos?Meus Deus .....há que ganhar a aceitação deles, para que ainda um dia , quem sabe, nos amem!!!Ah que bom!Pois.Infelizmente a notícia que tenho é que a psicoterapia com um excelente psiquiatra, e ainda melhor um psicanalista , é a nossa salvação. Há que gastar dinheiro. Que se lixe o dinheiro. Ser feliz é muito mais importante. Ah , e tenho muita pena, mas pelo menos de um dos pais vamos desiludir-nos muito. MUITO mesmo. Irra e se custa! Primeiro detestamo-lo. Boa. Já estamos no bom caminho ( antes a ele que a nós). Depois aceitamo-lo, mas sem ilusões. E depois começamos a saborear...( FINALMENTE!) a vida de uma forma .....FIXE!!!!VIVA!!!!
A Bonança e a Tempestade
"O sorriso de uma criança que nos é dirigido, a mão que alguém nos dá, o encontro com um velho amigo com o qual descobrimos pela primeira vez as tantas coisas que temos em comum, a possibilidade de abraçar alguém e sentir a força que daí nos vem, uma conversa estimulante no decorrer da qual alguém nos diz uma coisa agradável, o facto de termos amigos, um simples nascer ou pôr do sol, um dia bonito...""O nosso lado criança é esse mais fundo de nós mesmos que nos permite viver em intimidade. Com entusiasmo. Encantamento pelo que a vida nos proporciona. Ajuda-nos a não levar as dificuldades demasiado a sério.É aí que se encontra a nossa criatividade. Os nossos verdadeiros recursos.Onde não somos limitados pela obrigação de ser forte, vencer na vida, corresponder a expectativas alheias e próprias, desempenhar um determinado papel social, familiar, profissional. Onde nos entregamos completamente ao que sentimos e intuímos".
Extrapolando para os Portugueses, é por isso que Portugal tem um enorme futuro pela frente. Ainda pode crescer muito. E por fim atingir o equilíbrio. Enquanto outros países já são adultos há muito. São países a envelhecer, em declínio.
Ainda somos muito crianças.
Não é por acaso que se diz que os países quentes são diferentes dos frios no que diz respeito à maneira de ser das pessoas.
E nós não somos frios. E também não somos quentes em excesso.
Se tomarem estas frases como metáforas de muita muita coisa, concluiremos que somos de facto o melhor país do mundo.
Extrapolando para os Portugueses, é por isso que Portugal tem um enorme futuro pela frente. Ainda pode crescer muito. E por fim atingir o equilíbrio. Enquanto outros países já são adultos há muito. São países a envelhecer, em declínio.
Ainda somos muito crianças.
Não é por acaso que se diz que os países quentes são diferentes dos frios no que diz respeito à maneira de ser das pessoas.
E nós não somos frios. E também não somos quentes em excesso.
Se tomarem estas frases como metáforas de muita muita coisa, concluiremos que somos de facto o melhor país do mundo.
Há um homem que descobriu uma coisa
E foi sobre os homens e sobre as mulheres.Diz ele mais ou menos assim : que as pessoas casavam a sentir amor pela outra pessoa que achavam lhes completava a metade que sempre falta depois de nos separarmos da mãe. É com essa outra metade que achamos poder completar-nos, e então há sempre o que faz concessões e o egoísta e a coisa vai dando. Até haver a 3ª pessoa mas isso não dá. Então estamos na era dos divórcios.A mulher agora tem a emancipação económica e sexual. E a maneira antiga de pensar que só com a ajuda de um homem sobreviveria, acabou. E vive versa para o homem.E então o que aconteceu ao amor tal como o conhecíamos , entre um homem e uma mulher?Hoje são mais felizes os que vivem sozinhos, os que aprendem a viver sozinhos, sabendo cada vez mais ser autónomos, os que têm uma relação de individualismo sem ser egoísta, onde cada um em sua casa, convive e têm a mesma maneira de ver este "amor" e descobrem as coisas juntos. Não têm que ser inseparáveis para viverem felizes.E encontram a maturidade emocional sozinhos. Percebendo que não é preciso coabitar ou estar casado para conseguir isso.Claro , mas não se esqueçam, os traumas , esses não desaparecem . Têm que ser tratados , a maioria.
Eduardo mãos de tesoura
"Um dia destes pensei. Quero o meu marido de volta? É que se quero está na hora de agir. Custou-me algumas lágrimas, relembrar o passado. Comovi-me.
(Cada vez mais sou acérrima defensora de divórcios demorados. Pensávamos que sabíamos tudo? O tanas!).Ah coisa e tal , o que lá vai lá vai, é-se mais feliz se não se remexer no passado, táritátá, prá frente é que é o caminho. Eh pá, mas, e porque não se há-de voltar atrás?Tenho muito mais saber. Aceito mais coisas. Sei que não tolero outras. Conheço-me melhor. Logo também o outro.Que interessa o que os outros acham?É impossível tentar fugir da má língua, ela existe e pronto.Mas não quero. Não "sinto" nada.Mas, se sentisse, ia dizer-lho.Prefiria engolir o meu orgulho a deixar passar a oportunidade de ele saber que eu gostava dele ainda.Estou em paz.Eduardo! Vou arranjar o meu jardim
(Cada vez mais sou acérrima defensora de divórcios demorados. Pensávamos que sabíamos tudo? O tanas!).Ah coisa e tal , o que lá vai lá vai, é-se mais feliz se não se remexer no passado, táritátá, prá frente é que é o caminho. Eh pá, mas, e porque não se há-de voltar atrás?Tenho muito mais saber. Aceito mais coisas. Sei que não tolero outras. Conheço-me melhor. Logo também o outro.Que interessa o que os outros acham?É impossível tentar fugir da má língua, ela existe e pronto.Mas não quero. Não "sinto" nada.Mas, se sentisse, ia dizer-lho.Prefiria engolir o meu orgulho a deixar passar a oportunidade de ele saber que eu gostava dele ainda.Estou em paz.Eduardo! Vou arranjar o meu jardim
Eu sei uma coisa sobre as mulheres
A maternidadeSe a perda de liberdade é uma queixa comum. a perda da identidade não o é menos. Entre as aspirações da mulher e as contrariedades da mãe, muitas ficam sem saber onde está o seu verdadeiro eu.Finalmente há que reequacionar a relação amorosa em termos sociais emocionais , sexuais, pois tem de haver um reajustamento do casal.Já não precisamos de homens que saiam para trabalhar de manhã e que só voltem à noite. Precisamos de homens ao nosso lado que mudem as fraldas, que dêem banho, que se levantem de noite, que fiquem com o bebé enquanto vamos dar uma volta......desde a separação tudo ficou menos pesado. Como passam algum tempo com o pai, consigo ter os meus momentos de liberdade: Nunca chego ao ponto da saturação. "Porque quando ele não estava, eu tinha que estar. Mas , quando ele estava, eu estava também e não havia grandes hipóteses de passar uns dias sem crianças"... a maioria dos pais ainda pensa que ao longo dos primeiros meses de vida dos filhos as mães ficam em casa sem "fazer nada".Para não falar da parte profissional onde quase nos tiram o emprego.Deste excerto de uma revista da especialidade, das 6 mães entrevistadas 4 já estavam separadas. Nunca deixem as vossas amigas, as vossas saídas e hobbies, os vossos momentos a sós.... pelos maridos.Eu sei as saudades que dá , voltar a fazer um programa familiar, mas amar, mantendo a liberdade e o espaço de cada um é fundamental.Que os nossos filhos se casem sabendo já isto de antemão, porque nós não sabíamos.Tem mesmo que ser 50%/50%!!!!!!E muitas saídas a sós. Sem filhos.Não há outra volta a dar a não ser que se prefira anular, conformar e ser infeliz.
Digam muitas vezes e a toda a hora :"Gosto de ti"
Dizer gosto de ti quando se anda com alguém é o mínimo que se pode dizer.Quando se recebe carinho de alguém, há pelo menos alguns meses, então dizê-lo não é fazer mais que a sua obrigação!!!Um dia voltei ao passado, tal como tinha prometido a mim própria, e ouvi em alto e bom som : gosto muito de ti! É tão bom isto. A sensibilidade para com os outros.Não pensarmos só nos nossos sentimentos.E saber guardar as fotos daqueles que já foram à história...Eu guardei a dele em A4 até hoje, mas numa gaveta secreta.Oh tempo volta pra trás....
Hoje posso escrever no meu diário
Hoje posso, mas não tenho nada para dizer.Hoje vou dar um passo para o passado.Ai, que isso não se faz, ai que é andar de cavalo para burro, ai que burra, que teimosa.Mas é preciso viver com honestidade.Eu tive a culpa. Eu é fiz com que tudo corresse mal. E acho que já percebi porquê.Não sou inteligente. Ás vezes só à segunda ou à terceira e com muita dedicação percebo as coisas. Outras, nunca.Mas pessoal, se não vivermos , se não passarmos pelo meio da vida, só nos resta, limpar o pó, e sentarmo-nos no sofá a ver tv.Hoje, experimentem ir ao Capricciosa em Carcavelos. A comida não vale nada! Mas a paisagem. ... é de sonhar.E vão à praia , mas levem as raquetes e joguem.
A histeria
Nestas alturas ,quando uma data que me perturba de uma forma que eu detesto admitir, me atinge de forma perfurante e explosiva, sinto a histeria em mim. Fecho os olhos e peço: quero já um companheiro que me ame e proteja
que me diga tem calma
que tudo vai correr bem
que me dê a mão com força
que que me abrace , me rodeie a cintura com o braço
me beije os olhos
me sente ao seu colo
me faça festas na cabeça até eu estremecer
que divida as responsabilidades comigo
que ouça as coisas mais estúpidas que me apetece contar
que sinta àvontade para tb dizer tudo do mais estúpido que possa parecer
que telefone, escreva. Que me diga - quero fazer-te amor!Que me beije qd encosto a minha cabeça ao seu ombro. Que se encoste a mim e procure o meu calor.Só que eu quero já!
Então vai para a fila , Nita.........!
que me diga tem calma
que tudo vai correr bem
que me dê a mão com força
que que me abrace , me rodeie a cintura com o braço
me beije os olhos
me sente ao seu colo
me faça festas na cabeça até eu estremecer
que divida as responsabilidades comigo
que ouça as coisas mais estúpidas que me apetece contar
que sinta àvontade para tb dizer tudo do mais estúpido que possa parecer
que telefone, escreva. Que me diga - quero fazer-te amor!Que me beije qd encosto a minha cabeça ao seu ombro. Que se encoste a mim e procure o meu calor.Só que eu quero já!
Então vai para a fila , Nita.........!
Mádá
A Madalena vai fazer 7 anos no dia 20 de Abril. Esta semana disse-lhe : a mãe está um bocadinho nervosa por isso a notas mais bruta, mas é só garganta, não te sintas magoada. Ela disse: porquê? Porque vou ver o papá no tribunal e sinto que isso é um bocadinho triste mas tem que ser. -Ò mãe faz assim , fechas os olhos e lembras-te de mim. Imediatamente vais sentir-te melhor. Se não chegar, podes também lembrar-te da Susana.Íamos para a escola de manhã. Ó mãe posso levar os meus petshop todos? Ó filha vais perder algum e depois ficas chateada, eles n são meus são teus, tu é que sabes.Ó mãe não vou perder nenhum porque antes vou reunir os meus amigos e dizer-lhes que podem brincar com eles mas não podem levá-los para lugares longínquos.
Os nossos filhos.
Os nossos filhos.
Gosto muito de nós e laços
Pode ser gosto muito de nós.Nós os dois.Ou, como escrevem vários escritores, nós e laços.E lembrei-me sobre a última frase, de um amigo meu que dizia , "aqui na net fala-se de amigos virtuais mas é engraçado como saltam os nossos sentimentos e afectos por pessoas que não conhecemos". Quase como porque precisamos de sentir."Mas uma coisa aprendi. Por muito bom que sejam as trocas de palavras, a sintonia das opiniões, dos pontos de vista, da maneira de pensar, e dos objectivos de vida, não há comparação com o físico.Ver a mesma paisagem, estar, dormir, comer, fazer amor, ir à praia, ao cinema, lavar os dentes, vestir, dançar, e trabalhar em conjunto. Trabalhar em conjunto como para mudar um pneu , fazer um arroz ou escrever um documento em comum. Porque, é quando fazemos isto a dois que criamos nós e laços.Depois apetecia-me falar sobre o que acho sobre o nó ( dúvidas, conflito) e um laço ( desejo, harmonia) e o que os dois simbolizam - ligação, mas tenho que ir almoçar com as minhas filhas e uma amiga delas.
Susana
Gosto como és. Leal. Gosto que não sejas como a carneirada. que não aches normal e aceitável que um rapaz que acabou há pouco tempo de dizer que te amava vá agora dizer a uma amiga tua que a acha boa.E como tu fostes dizer a ele que não querias que ele fizesse aquilo. Primeiro porque gostavas de saber que ele te amava e acreditavas nisso. Depois disseste-lhe que mesmo não o amando gostavas e sentias-te bem por ele te amar.Que franqueza. Pode parecer aos olhos dos adultos egoísmo mas é exactamente isto que toda agente sente.E o mais importante de tudo foi que disseste que acreditavas naquilo que ele te tinha dito. "Via-se que falava verdade".Adoro-te Susana. Não tens vergonha de ser e mostrar o que sentes e de o dizer.Gosto como és. Lúcida.Tu disseste, " se ele fizer isso vai fazer com que eu e a minha amiga nos zanguemos e afastemos e, nisso estamos as duas de acordo -não somos tão gananciosas dele como somos da nossa amizade".És muito recta. Ás vezes ,meu amor, irritas-te por eu estar alegre e bem disposta quando achas que por respeito a quem está triste me devia chegar e sentar e encostar e estar calada e curtir a tristeza do outro e senti-la.Mas eu dou todo o meu carinho bem disposta, porque por dentro sei que aquele problema vai passar, fruto da minha experiência.De qualquer forma vou tentar ter mais tacto. A minha impetuosidade e entusiasmo às vezes tornam-me irreflectida e bruta.Li anteontem uma coisa de um autor que por acaso não gosto, mas, que resume na perfeição muitas pessoas que conheço e que conheci e que nunca soube definir : ""um pessimista militante não é mais que um ganancioso envergonhado"".A nós as duas só nos descreve um adjectivo : militante.Sabemos e acreditamos que a maioria das pessoas é assim. Por isso somos felizes.Amo-te com tanta força, que produzo mais força.É com uma reacção catalítica.Hoje quando te ouvi dizer " quando for mãe, quero dizer, Deus queira que seja, gostava de ser, nunca hei-de comparar um filho a outra pessoa", a propósito de humilhações feitas pelos pais de uma amiga, vieram-me as lágrimas oas olhos com tanta força como tivessem posto pimenta dentro do meu nariz.É que, querida, eu com a tua idade nem pensava nisso, era inaceitável, seria uma afronta à minha mãe, que se proclamava a melhor mãe do mundo. Sendo assim, como poderia uma filha ousar ser tão boa ou melhor mãe que ela. Como é que uma rapariga de 14 anos com total falta de auto estima sabe lutar contra a inveja e desequílibrio da mãe se nem sequer sabe o que é isso?Mas aos 28 anos ganhei estima por mim. E desse amor fez-se a tal reacção catalítica e aos 30 anos consegui ter-te. Foste fruto de um amor que nunca se repetirá, que foi o amor mais bonito que já existiu entre duas pessoas naquele período das nossas vidas.Bem hajas.
Uma lufada de ar fresco
O começo da Primavera é manhoso. Excita muito . Transtorna. Sim,para ver a natureza a florir não há melhor. Mas até o tempo é manhoso. Pronto não é a minha estação favorita.
Para começar : dois dinossauros. - Ei vamos até à cratera nadar!- Não posso, estou com o período.- Ora, põe uma ovelha e anda daí.Hoje fui ver a Susana a fazer teatro . Fomos eu e a Madalena. Curtimos tudo mas de repente qd vejo a Susana fiquei quieta sem me mexer. Ela é de facto muito bonita. Hoje tive a certeza. E foram tantos os amigos dela que me vieram falar. E os pais deles também. Não há dúvidas os amigos são fundamentais. Para toda a vida. Ás vezes só os revemos depois de nos divorciarmos e é tão bom. Podemos falar à vontade n há ninguém por perto para ter ciúmes ou termos q explicar quem é. Ou despacharmo-nos a falar porque o outro está à seca.É verdade em Junho não percam os arraiais dos escuteiros da Parede, no Junqueiro, entre Carcavelos e Parede. Junto ao Riviera. É melhor q em Lx. Come-se muito muito bem , é barato, e tem música e espectáculo.Tá-se bem!
Para começar : dois dinossauros. - Ei vamos até à cratera nadar!- Não posso, estou com o período.- Ora, põe uma ovelha e anda daí.Hoje fui ver a Susana a fazer teatro . Fomos eu e a Madalena. Curtimos tudo mas de repente qd vejo a Susana fiquei quieta sem me mexer. Ela é de facto muito bonita. Hoje tive a certeza. E foram tantos os amigos dela que me vieram falar. E os pais deles também. Não há dúvidas os amigos são fundamentais. Para toda a vida. Ás vezes só os revemos depois de nos divorciarmos e é tão bom. Podemos falar à vontade n há ninguém por perto para ter ciúmes ou termos q explicar quem é. Ou despacharmo-nos a falar porque o outro está à seca.É verdade em Junho não percam os arraiais dos escuteiros da Parede, no Junqueiro, entre Carcavelos e Parede. Junto ao Riviera. É melhor q em Lx. Come-se muito muito bem , é barato, e tem música e espectáculo.Tá-se bem!
Qualquer dia também vou para a rua!
Um dia destes também me junto numa concentração. O poder de compra está pela hora da morte, e qualquer dia , dada a situação da educação, trabalho, emprego e segurança ainda dou por mim a educar as minhas filhas para fazerem um casamento muito rico. Já dou por mim a olhar para as tendas de campismo. As idas ao cinema são como ir à Euro disney. Ir patinar à Ericeira é igual a ter um professor numa estância de esqui. E comer? O melhor é comer em casa , os congelados transformados cheios de amor em iguarias e depois sair. O ginásio : quando chove os centros comerciais - andar muito , muito , ver tudo e ter o orgulho de n ter comprado nada; quando faz sol, a rua, a praia, os parques de merendas, os passeios saloios, que alegria!É o fluviário de Mora, o Oceanário, alugar bicicletas, jogar ténis ao pé de casa. As festas são cada vez melhores: revezamo-nos, ora em casa de um ora em casa de outro, cada um leva mantimentos ou no fim pagamos por todos. No fundo somos muito felizes. Mas que saudades tenho de ver Paris, e conhecer Salamanca. E o Canadá?E adoptar uma criança? Como eu gostava, de trazer uns irmãos para minha casa e dar-lhes uma vida nova com amor , paz e segurança. Tenho tanto para dar e não posso. Abaixo a obscenidade das rendas, é isso que nos trama.E os professores? Têm carradas de razão. E os profissionais de saúde ? Têm carradas de razão. Há profissões que deviam ser dignificadas . ( Se bem que prevaricar não ,claro, como em todas).Prá rua pessoal. Abanemos este país . Está dormente há muito. Já n chega mostrar o carro q se tem! É preciso mais , muito mais. Os valores do bem, do mal, da solidariedade têm que ser implantados e implementados.Prometo que para a próxima escrevo anedotas.
Férias da Páscoa
Pois estou com a pica toda porque vou ficar uma semana a relaxar...A Madalena está muito melhor da tosse!! Fizemos aerosol com Atrovent. Ela ajuda-me compenetrada. Já percebeu que somos um clã de três mulheres dentro de outros maioresE já lê quase fluentemente. E é tão sexual! Completamente diferente do que imaginei. O que os KEN juram e prometem e beijam!!A Susana lá trouxe mais 2 testes 100% para casa. A ver se agora deixa de espremer a cara toda! Meu Deus como me custa ver a mesma ansiedade que eu tinha, espelhada na minha filha.Uma vez, ia ver as notas do 2º exame do propedêutico, deixei de andar. Fiquei 10 min a disfarçar numa escada até que consegui arrastar-me até às pautas.Ah! E quando deixei de ver. E pensei que tinha um tumor na cabeça? AHH ah . Assim que percebi que não queria estar com a minha família no Natal, milagre!, a cegueira passou. A mente é tramada. Tive tantas amigdalites, tantas otites, tantos achaques, tantas tensões baixas, tantas tantas. Mas depois que tratei a cabeça, puf, desapareceram por magia, nem médica de família tinha. Nem sabia quem era.Não era nada disto que queria escrever.Vamos ao cinema, ao teatro JC Superstar, à praia, a um workshop de marionetas, andar de bicicleta, jogar bowling e ténis e curtir os amigos.Vejam o que o Francisco me contou sobre a quinta de São Inácio em Avintes no site respectivo.Imaginar tudo o que ainda vamos e queremos fazer.
Ao homem que mais admiro : José António Barata
Essa tb é outra que tal.Quando um homem e uma mulher crescem a velocidades muito diferentes. Ou um faz psicoterapia e resolve os seus medos e culpas. Ou um com o nascimento dos filhos endurece para a vida só preocupado com a sobrevivência. Ou um não se contenta com o que tem, no fundo sempre teve maiores ambições , mas nunca as confessou. Um nunca se realiza com o sexo no casamento. Um acha que o outro não o admira o suficiente. A diferença de educação ( os valores) que até aqui parecia q n tinha muita importância , começa a ser um grande problema.Porque no nosso intímo temos ideias completamente diferentes para educar os filhos.E voltamos ao princípio. Temos que amar a sério, com toda a pureza, para que os nossos filhos gostem deles, e depois ensinar-lhes o mundo mas de forma a que possam sempre pensar pela sua própria cabeça, e distinguindo o bem do mal. Para crescerem.Mas para conseguir isso tivemos que ter uma excelente percepcção do amor na infância e uma boa percepcção do amor na adolescência.Ao meu psicanalista, José António Barata.Muito obrigado. Pela minha vida.
Culpa
Hoje é sobre a culpa das mulheres. Por isso cabe aqui. A minha amiga Pocahontas dizia no outro dia:como pode um casamento ser mantido? Se um homem tem que estar a 100% no trabalho , a mulher tem que estar a 100% no trabalho, e ainda há mais 50% a atingir para tratar da casa e dos filhos? E quem fica com o total de 150%? Geralmente a mulher.Todas as histórias dos divórcios são diferentes. E tinham que acontecer.O que podíamos era estar melhor preparados.A mulher não devia ter , nem aceitar os 150%. Mas a educação e o que a sociedade naturalmente aceita é que seja ela a aguentá-los. Mas a mulher tem culpa! Ó pois tem!Tratar e cuidar dela, népias, pois que isso é fútil e o papel que agora tem enche-a de tal plenitude e felicidade que nem se lembra de tal pessoa.Dela.Depois, para além do dever, é o querer provar que tudo consegue. Não só pelo prazer que isso lhe dá como ( e aqui é que a porca torce o rabo) pelos elogios e reconhecimento que espera receber em troca . Do marido claro. E sobretudo qd os filhos atingem ali os 3 anos e começam a ser mais independentes.Ai .E o marido n vê como ela está a pensar. Que ele devia dividir as tarefas com ela. Fifty-fifty.Mas o orgulho ou o medo de ouvir uma resposta que n gosta leva-a a calar-se.Não , não é sexo que quero. Não não é do teu trabalho que quero saber. Não, não me interessa o que se passa no mundo. Quero é que me digas que sou a mulher mais sensacional que alguma vez conheceste. Que me agradeças todos os dias.
E o homem sem perceber nada continua igual a si mesmo. Linear.E o ressentimento surdo. Gigantesco. Sem retorno.Burrice!
E o homem sem perceber nada continua igual a si mesmo. Linear.E o ressentimento surdo. Gigantesco. Sem retorno.Burrice!
O amor depois do divórcio
Tal como no Big Brother, viver-se sózinha , mas todos os dias consigo própria, depois de uma separação, faz-nos conhecer e aprender milhares de coisas em tão sómente por exemplo um ano.Assim aprendi a conhecer o prazer do sexo , o quanto este, se feito com entrega pode unir um homem e uma mulher quase desconhecidos e aprendi a conhecer os homens, e a respeitá-los também.Dos vários que conheci, destaco, dentro dos mais traumatizados com a desilusão do amor, aqueles para quem o ideal é ter agora a chamada mulher fragmentada !( como diz a minha amiga Pocahontas, aliás esta exposição é baseada na sua análise). Que são várias!Uma longe. Outra perto. Uma mais disponível. Uma menos disponível. Uma mais rica. Outra mais pobre. Uma mais segura. Outra mais insegura. Uma mais culta. Outra menos. Uma mais nova. Outra mais velha. Uma mais feia. Outra mais bonita. Uma com quem se possa sair durante a semana. Outra para sair aos fins de semana. Uma para o sexo. Outra para o estímulo da mente. Uma para os desportos. Outra para falar sobre o dia a dia.E assim , se utiliza uma ou outra consoante as necessidades e por necessidades entenda-se aquelas que necessita um homem que não quer de modo nenhum voltar a sofrer. E quem quer?As mulheres que eu conheço não negam os seus sentimentos e querem todos estes tipos de pessoa, num homem só. Mesmo sabendo que não o vão ter, mesmo sabendo que vão chorar e que vão sofrer.Mesmo sabendo que vão ter as tão faladas depressões. Por isso se fala hoje na inteligência emocional. Como é importante para as relações humanas, humanizadas. Porque a fragmentação é do universo da física, matemática, geometria, ou ficção.
Amanhã
Mas o que gosto mesmo num homem é da frontalidade, do não ter medo do que sente, do positivismo, do não ter medo do futuro , de chorar, de mostrar os sentimentos, de VIVER. De passar pelas coisas em vez de "ir à volta". De ser Homem. Sem complexos. Sem estéreotipos e sem o síndrome da Glenn Close. Com determinação.E que seja contra os casais Swing. Não passam de uma empresa com fins lucrativos. E não gera emprego. Nem valor.
Ontem
Nunca fui tão feliz, mas tenho sempre alguma coisa a dizer. Sou opinosa e algo desbocada.Outra coisa que deixa completamente irritada é um namorado dizer, não estou a gostar da maneira como me abraças e dizes o meu nome. Outra vez? Então? Devias é analisar a maneira como me abraças e dizes o meu nome, não achas? Começa por ti. Vais ver que achas a resposta.Nos meus sentimentos ninguém me diz como devem ser, são meus. MEUS!!!!
Hoje
Detesto o paternalismo. Quando um homem diz a uma mulher, tenho medo de te fazer mal ou , eu sou o mau caminho, é precisamente ao contrário, ele tem medo é que eu lhe faça mal, que eu seja o mau caminho . É o síndrome da Glenn Close em Atracção Fatal. Medo que depois de me "dar com os pés" eu reaja como a cigana da Glenn Close neste filme. Não é medo por mim. É por ele.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Susana
Como eu gosto de ti filha.
Vejo a tua batalha diária da adolescência e tenho pena de ti. Deve ser muito aterrador este "ter" que deixar de ser criança, criada, ajudada, levada, para passar a "ser" adulto, resolvido, organizado, opinado, responsabilizado.
Às vezes choro quando me estropias com palavrões e ataques contundentes, que aparecem quando menos espero, e sobre temas que nem suspeitava.
Encho-me de raiva , pela injustiça, tenho vontade de te bater, de te fazer sair do carro, mas depois acalmo-me, e falo contigo. Ríspida, séria, mas tentando ser clara.
Mais tarde apercebo-me, depois de tentar esmiuçar o que será que tens contra mim, se é muito grave ou não, apercebo-me dizia eu, que tens medo. E fico doida de saudades tuas, vontade de ir a correr beijar-te e abraçar-te.
Acho que queres que nada me aconteça, que eu seja excelente em tudo, porque é ainda em mim que se calhar mais te apoias. Depois, quando te zangas comigo , é talvez a altura em que te sentes ainda mais agarrada a mim, mais dependente. Assustas-te e zangas-te.
Pela frequência das crises, estás 50%/50%. Para 16 anos , estás bem filha! Força. É mais díficil com os pais separados, mais cansativo talvez. Há expectativas redobradas, multiplicadas.
Mas ontem, à noite, falámos e rimos e até deixaste eu encostar-me um pouco a ti na cama. E falaste , falaste e eu deleitada... e eu tb falei e tu riste e fizeste perguntas. Era meia noite é certo, mas fomos dormir felizes, porque naqueles momentos vivemos o presente com prazer.
E acho eu, que tu também, te deitaste com a certeza de que o nosso amor é eterno e ...bom.
Vejo a tua batalha diária da adolescência e tenho pena de ti. Deve ser muito aterrador este "ter" que deixar de ser criança, criada, ajudada, levada, para passar a "ser" adulto, resolvido, organizado, opinado, responsabilizado.
Às vezes choro quando me estropias com palavrões e ataques contundentes, que aparecem quando menos espero, e sobre temas que nem suspeitava.
Encho-me de raiva , pela injustiça, tenho vontade de te bater, de te fazer sair do carro, mas depois acalmo-me, e falo contigo. Ríspida, séria, mas tentando ser clara.
Mais tarde apercebo-me, depois de tentar esmiuçar o que será que tens contra mim, se é muito grave ou não, apercebo-me dizia eu, que tens medo. E fico doida de saudades tuas, vontade de ir a correr beijar-te e abraçar-te.
Acho que queres que nada me aconteça, que eu seja excelente em tudo, porque é ainda em mim que se calhar mais te apoias. Depois, quando te zangas comigo , é talvez a altura em que te sentes ainda mais agarrada a mim, mais dependente. Assustas-te e zangas-te.
Pela frequência das crises, estás 50%/50%. Para 16 anos , estás bem filha! Força. É mais díficil com os pais separados, mais cansativo talvez. Há expectativas redobradas, multiplicadas.
Mas ontem, à noite, falámos e rimos e até deixaste eu encostar-me um pouco a ti na cama. E falaste , falaste e eu deleitada... e eu tb falei e tu riste e fizeste perguntas. Era meia noite é certo, mas fomos dormir felizes, porque naqueles momentos vivemos o presente com prazer.
E acho eu, que tu também, te deitaste com a certeza de que o nosso amor é eterno e ...bom.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Vitor, meu querido amigo.
A minha cabeça estala.
São as contas de subtracção da Madalena, as sequências com divisões, as unhas, a alimentação correcta, o exercício.
É a Susana, o perscutar o seu silêncio, a persistência em não deixar que ela deixe as luzes acesas, as cuecas, toalhas e papel higiénico no chão. Que não ponha o portátil em cima de almofadas se não, sobreaquece. É ouvi-la falar sobre a matéria e sobre o que quer seguir.
As minhas amigas não entendem isto, acham que sou rica, que vivo de rendimentos e, que tenho uma empregada todo o dia.
Ainda andam às aranhas com casamentos que já morreram há muito. Infedilidades, álcool, mentiras.
Três livros ao mesmo tempo.
Duas grandes conclusões.
A primeira , e eu sou um exemplo vivo, é a de que " quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga". De facto com psicoterapia, podemos prosseguir na vida em vez de parar. Depois da extremamente difícil tarefa de nos conhecermos por dentro quando éramos pequeninos, de tomarmos consciência das culpas e dos medos, conseguimos prosseguir. Viver fazendo escolhas e opcções.
Muitos param . Aprendem a viver no seu canto, com tiques, e atitudes e comportamentos de auto defesa para não saírem da atmosfera de medo , culpa e complexos, ambiente esse que já lhes é familiar embora doloroso. Outros param doutro modo. Matam-se.
A segunda, é a de que, já no caminho do prosseguimento da vida, sempre a crescer e a modificarmo-nos, a raiva e a vingança, dão lugar à compaixão e amor e isso dá uma paz e alegria que se pode fácilmente espalhar.
Como no teu funeral.
Eu cheguei-me ao teu sogro, à tua mãe, à tua irmã, à tua filha Sara, à tua filha Catarina, à tua cunhada. À tua ex mulher, que não merecia o que fizeste. Uma grande mulher. Por isso te suicidaste. Sabes que ela prosseguirá na vida.
De ti senti mágoa, portaste-te mal , deixando uma culpa injustíssima à tua mulher e filhas.
Só porque não te resolveste.
Tu não percebeste a tua inquietude, que precisavas de um pai, que não tiveste.
Tb senti raiva de ver aquele montão de flores nojentas, despejadas em cima de ti, como uma escavadora. E das pessoas, já tão crescidinhas, mas, que não conseguem chegar ao pé das pessoas, são ainda pequeninos, embora tenham já idades perto dos 50 anos.
Adeus, eras meu querido amigo. Agora já não sei. Raios te partam.
São as contas de subtracção da Madalena, as sequências com divisões, as unhas, a alimentação correcta, o exercício.
É a Susana, o perscutar o seu silêncio, a persistência em não deixar que ela deixe as luzes acesas, as cuecas, toalhas e papel higiénico no chão. Que não ponha o portátil em cima de almofadas se não, sobreaquece. É ouvi-la falar sobre a matéria e sobre o que quer seguir.
As minhas amigas não entendem isto, acham que sou rica, que vivo de rendimentos e, que tenho uma empregada todo o dia.
Ainda andam às aranhas com casamentos que já morreram há muito. Infedilidades, álcool, mentiras.
Três livros ao mesmo tempo.
Duas grandes conclusões.
A primeira , e eu sou um exemplo vivo, é a de que " quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga". De facto com psicoterapia, podemos prosseguir na vida em vez de parar. Depois da extremamente difícil tarefa de nos conhecermos por dentro quando éramos pequeninos, de tomarmos consciência das culpas e dos medos, conseguimos prosseguir. Viver fazendo escolhas e opcções.
Muitos param . Aprendem a viver no seu canto, com tiques, e atitudes e comportamentos de auto defesa para não saírem da atmosfera de medo , culpa e complexos, ambiente esse que já lhes é familiar embora doloroso. Outros param doutro modo. Matam-se.
A segunda, é a de que, já no caminho do prosseguimento da vida, sempre a crescer e a modificarmo-nos, a raiva e a vingança, dão lugar à compaixão e amor e isso dá uma paz e alegria que se pode fácilmente espalhar.
Como no teu funeral.
Eu cheguei-me ao teu sogro, à tua mãe, à tua irmã, à tua filha Sara, à tua filha Catarina, à tua cunhada. À tua ex mulher, que não merecia o que fizeste. Uma grande mulher. Por isso te suicidaste. Sabes que ela prosseguirá na vida.
De ti senti mágoa, portaste-te mal , deixando uma culpa injustíssima à tua mulher e filhas.
Só porque não te resolveste.
Tu não percebeste a tua inquietude, que precisavas de um pai, que não tiveste.
Tb senti raiva de ver aquele montão de flores nojentas, despejadas em cima de ti, como uma escavadora. E das pessoas, já tão crescidinhas, mas, que não conseguem chegar ao pé das pessoas, são ainda pequeninos, embora tenham já idades perto dos 50 anos.
Adeus, eras meu querido amigo. Agora já não sei. Raios te partam.
domingo, 6 de setembro de 2009
Uma família feliz
À Filomena Cabral, que chupava as ampolas da pele quando nos faziam a prova da tuberculina, para que não desse reacção. Guardei isto 19 anos.Vou procurá-la.
( Era a rapariga mais sexy do Técnico, destacava-se completamente. Lia uma página e ficava com a matéria sabida . Extraordinária de inteligente.)
Escrevia-me assim :
Sabes porque na consigo estudar Nita?
Porque me sinto vazia, acho que a vida não tem jeito, e por isso não vale a pena lutar por ela. Estudar para quê?
Para vir do emprego onde há gritos, chegar aqui a casa e ouvir gritos, se tiver a minha casa também vai haver gritos por estar habituada a eles e já nao passar sem os ouvir.
Não quero ir mais ao Técnico.~
Não quero ter exames, saber que posso passar, e não passar, porque não consigo estudar, sinto em mim que estudar é uma doença, crime e infelicidade, porque aqui em casa só se estuda, a Cici, a Guida, a Mamã, todos, e fazem um ambiente doentio, quase de hospital e cemitério à volta do estudo.
Aqui é mais importante fazer um exqme, ir à missa e comer a sopa, do que fazer um ambiente agradável onde as pessoas se sintam felizes, um ambiente que conduza ao equilíbrio psicológico pessoal.
E o pior de tudo é que eu sou igual a eles. Tento não ser mas também sou desiquilibrada, daí eu aí fora não parecer bem o que sou, quero viver tudo de uma vez fora de casa, já que quando volto = > ser infeliz.
O que não quer dizer que lá fora seja feliz. Nao, não sou, porque sei que nao sou eu mesma.
Sei que podia ter amigos pelo que eu sou e pelo que eu posso fazer de bem, e não por ser uma rapariga dentro dos limites da beleza actual , por vestir bem, ou por ser aérea ou inconstante e com uma alegria fictícia que atrai. Entendes?
Nita, ajuda-me por favor se puderes, eu penso que és minha amiga, tu e a Carla, por favor Nita, se não o fores pelo menos finge que és minha amiga. Desculpa se te ofendi com esta falta de certeza, mas é que eu não sou minha amiga e duvido que alguém o seja, quer dizer, mesmo amigo, entendes?
Estou a escrever porque queria que estivesses agora a falar comigo. Não digo que queria que estivesses aqui, porque não é verdade, porque estão a passar-se coisas, aqui e que nem um cão devia assistir, senão era capaz de ficar chocado. É isso mesmo. Aqui em casa está-se mesmo muito mal. Tanto que penso que mal eu fiz para pertencer aqui, porque é que quando nasci não fiquei logo orfã, ou então porque raio nasci.
Eu sinto-me muito sózinha, já ouviste eu dizer isto de certeza, mas nunca compreendeste porquê, nem deves compreender, mas eu não cosigo explicar, só entrando na minha cabeça é que poderias saber e isso é impossivel.
Nita, eu não me sinto bem , sabes?
Estes dias tenho tido muito sono, depois começa-me a doer a cabeça, à noite começo a ficar tonta e adormeço em pé, mas é sono de tonturas com dor de cabeça, o dia a seguir de manhã tenho hemorragias nasais, e só depois disto é que passa a dor de cabeça para começar depois mais tarde. Estou a sentir isto desde 6ª feira, já disse à minha Mãe, e ela disse que devo ir ao médico porque devo ser uma hemofílica. Eu não sei, só espero que seja mau mesmo, para morrer de vez.
Hoje é Domingo mas não vou à missa, não é por nada, mas não quero ver gente, nao quero ouvir ninguém falar de ser bom nem de amor nem quero ver os jovens depois da missa a falarem uns com os outros todos contentes, nem quero ver o Padre Seabra, nem as miúdas bronzeadas da praia nem nada. Isso é alegria e eu estou triste.
Não quero sair de casa.
Estou melhor agora Nita. amanhã continuo a falar contigo.
( Era a rapariga mais sexy do Técnico, destacava-se completamente. Lia uma página e ficava com a matéria sabida . Extraordinária de inteligente.)
Escrevia-me assim :
Sabes porque na consigo estudar Nita?
Porque me sinto vazia, acho que a vida não tem jeito, e por isso não vale a pena lutar por ela. Estudar para quê?
Para vir do emprego onde há gritos, chegar aqui a casa e ouvir gritos, se tiver a minha casa também vai haver gritos por estar habituada a eles e já nao passar sem os ouvir.
Não quero ir mais ao Técnico.~
Não quero ter exames, saber que posso passar, e não passar, porque não consigo estudar, sinto em mim que estudar é uma doença, crime e infelicidade, porque aqui em casa só se estuda, a Cici, a Guida, a Mamã, todos, e fazem um ambiente doentio, quase de hospital e cemitério à volta do estudo.
Aqui é mais importante fazer um exqme, ir à missa e comer a sopa, do que fazer um ambiente agradável onde as pessoas se sintam felizes, um ambiente que conduza ao equilíbrio psicológico pessoal.
E o pior de tudo é que eu sou igual a eles. Tento não ser mas também sou desiquilibrada, daí eu aí fora não parecer bem o que sou, quero viver tudo de uma vez fora de casa, já que quando volto = > ser infeliz.
O que não quer dizer que lá fora seja feliz. Nao, não sou, porque sei que nao sou eu mesma.
Sei que podia ter amigos pelo que eu sou e pelo que eu posso fazer de bem, e não por ser uma rapariga dentro dos limites da beleza actual , por vestir bem, ou por ser aérea ou inconstante e com uma alegria fictícia que atrai. Entendes?
Nita, ajuda-me por favor se puderes, eu penso que és minha amiga, tu e a Carla, por favor Nita, se não o fores pelo menos finge que és minha amiga. Desculpa se te ofendi com esta falta de certeza, mas é que eu não sou minha amiga e duvido que alguém o seja, quer dizer, mesmo amigo, entendes?
Estou a escrever porque queria que estivesses agora a falar comigo. Não digo que queria que estivesses aqui, porque não é verdade, porque estão a passar-se coisas, aqui e que nem um cão devia assistir, senão era capaz de ficar chocado. É isso mesmo. Aqui em casa está-se mesmo muito mal. Tanto que penso que mal eu fiz para pertencer aqui, porque é que quando nasci não fiquei logo orfã, ou então porque raio nasci.
Eu sinto-me muito sózinha, já ouviste eu dizer isto de certeza, mas nunca compreendeste porquê, nem deves compreender, mas eu não cosigo explicar, só entrando na minha cabeça é que poderias saber e isso é impossivel.
Nita, eu não me sinto bem , sabes?
Estes dias tenho tido muito sono, depois começa-me a doer a cabeça, à noite começo a ficar tonta e adormeço em pé, mas é sono de tonturas com dor de cabeça, o dia a seguir de manhã tenho hemorragias nasais, e só depois disto é que passa a dor de cabeça para começar depois mais tarde. Estou a sentir isto desde 6ª feira, já disse à minha Mãe, e ela disse que devo ir ao médico porque devo ser uma hemofílica. Eu não sei, só espero que seja mau mesmo, para morrer de vez.
Hoje é Domingo mas não vou à missa, não é por nada, mas não quero ver gente, nao quero ouvir ninguém falar de ser bom nem de amor nem quero ver os jovens depois da missa a falarem uns com os outros todos contentes, nem quero ver o Padre Seabra, nem as miúdas bronzeadas da praia nem nada. Isso é alegria e eu estou triste.
Não quero sair de casa.
Estou melhor agora Nita. amanhã continuo a falar contigo.
sábado, 5 de setembro de 2009
A força e a fúria de não poder amar
De repente sentei-me, rígida e alerta.
O vento quente macio envolveu-me, senti um frémito percorrer-me. Melhor seria se estivesse nua. Tu és assim , quando me passeias as tuas mãos pelo meu corpo.
Senti o cheiro do mar. Característico, único, apelativo. Tu és assim quando estás ao pé de mim, o teu cheiro é forte, bom, familiar, viril. Fica horas e dias. Quando chego os meu dedos ao nariz, toda me enteso de gozo e excitação pelo segredo de te ter ali, nas pontas dos dedos.
Entrei no mar e deixei os olhos quase ao nível do mar. Tudo observei em redor, a serenidade, a beleza. A água tomou-me ao colo quando levantei os dois pés. Melhor seria se estivesse nua.Tu és assim comigo. Apoiada em ti mostras-me coisas bonitas, novas, comoventes, hilariantes.
Saí da água e um pouco arquejante deixei-me cair na toalha. As gotas do mar estavam ainda pegadas.
Tu és assim. Ficas algum tempo, comes, ris, dormes, cozinhas,passeias, fumas, fazes amor, tocas, cantas, beijas, beijas, beijas, beijas, e depois secas. Fica ainda o sal, mas nalguma altura acaba por sair.
Espero outra maré tua, para que não seque o sal.
O vento quente macio envolveu-me, senti um frémito percorrer-me. Melhor seria se estivesse nua. Tu és assim , quando me passeias as tuas mãos pelo meu corpo.
Senti o cheiro do mar. Característico, único, apelativo. Tu és assim quando estás ao pé de mim, o teu cheiro é forte, bom, familiar, viril. Fica horas e dias. Quando chego os meu dedos ao nariz, toda me enteso de gozo e excitação pelo segredo de te ter ali, nas pontas dos dedos.
Entrei no mar e deixei os olhos quase ao nível do mar. Tudo observei em redor, a serenidade, a beleza. A água tomou-me ao colo quando levantei os dois pés. Melhor seria se estivesse nua.Tu és assim comigo. Apoiada em ti mostras-me coisas bonitas, novas, comoventes, hilariantes.
Saí da água e um pouco arquejante deixei-me cair na toalha. As gotas do mar estavam ainda pegadas.
Tu és assim. Ficas algum tempo, comes, ris, dormes, cozinhas,passeias, fumas, fazes amor, tocas, cantas, beijas, beijas, beijas, beijas, e depois secas. Fica ainda o sal, mas nalguma altura acaba por sair.
Espero outra maré tua, para que não seque o sal.
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