quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

É Natal



É Natal e tempo de grande depressão e de grandes depressões.
A tensão é enorme, a ansiedade tolhe-nos e quem pode refugia-se ainda mais em casa.
Nesta quadra que representa a familia, tantas duvidas me assolam que prefiro continuar a crer com força que o que move os humanos é sobretudo o apelo da propagação das espécies.

Há coisas que testemunho que me deixam desorientada. Como é possível um pai amar uma filha, a madrasta abraça-la cheia de saudades e, no mesmo instante , decidirem que o pai deve deixar de pagar a pensão acordada em tribunal, apelar às elevadas despesas que têm e propor, sem duvidas, passar a dar 200 euros à mãe das filhas, para custear a cabeça desse ser pequeno e muito amado.
Gastei 560 euros para contestar esta enormidade. Só porque há uma inveja sem par. Que feio. Que triste. E, neste Natal, choveram Wii, pulseiras de prata, tudo do bom e do melhor, nessa casa cheia de despesas. Digo eu, isto é um bom pai?

Não. Primeiro que tudo é um homem, cheio de complexos de inferioridade e cheio de ódio para se vingar. É feliz? Não. É um sobrevivente, mascarado de pai de família, cheio de impulsos que ninguém imagina.

Porque continua a odiar-me. Porque por minha causa, teve que "refazer" a vida e, só eu sei como isso lhe custa.
Mais ninguém.
Ou talvez alguém já se tenha apercebido. E as minhas filhas são cada vez mais necessárias a "socorrer" esse refazido da vida. Por vários motivos. Que interessam. E é isto que leva a maior parte das vezes , duas pessoas a juntarem-se.
Porque já chegaram à idade de casarem e começa a ser insuportável a pergunta do costume, porque está na hora de darem um filho aos avós, porque têm segurança, podendo, viajar, ter uma boa casa e, finalmente voltar a ter uma vida social talvez diferente, não quer dizer melhor.

É assim.

As minhas filhas deviam ler o último livro da Rita Ferro, " A menina é filha de quem?", onde demonstra quão infelizes podem ser crianças criadas num ambiente em que os pais gritam todos os dias. Sobretudo porque o pai não liga à mulher.E então, em prol de muitos interesses, continuam casados e os filhos, sentem alguns alívios nas alturas em que estão com outros membros de familia e sobretudo amigos, escolas e professores, férias, onde se sentem mais calmos e felizes.
É isto o que a maior parte das famílias "oferece". Muitas vezes, salva-se o afecto entre irmãos, outras vezes o ódio vai aumentando proporcionalmente. Pior do que não ligar a nenhum dos filhos ou tratá-los mal de igual forma, é criá-los lançado infâmias de uns sobre os outros, para que a mãe ou o pai continuem a ser o porto de justiça.

Claro que nem todas as famílias são assim.
Acredito mais em famílias que não são todos do mesmo sangue. A família do café, a dos acampamentos, a do coro, a das amigas, a dos amigos, a dos pais dos alunos de uma escola, a das instituições, a família dos colegas da faculdade, do liceu, do trabalho.
Acredito nas minhas filhas.

Comungam às vezes muito mais, estes tipos de famílias.

É Natal. Comunguemos.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

As revistas cor de rosa



De uma revista ZEN com escritores portugueses de crónicas onde à volta de um pouco de teoria se projecta o grande propósito que é a publicidade, aos consultórios, clínicas, consultas, pessoas telefones, etc, encontrei uma escrita com significado novo para mim.

Eu ando azeda, porque o meu ex marido não quer pagar o que deve, quer que eu lhe pergunte humildemente como proceder com a vida das filhas mas, porque ao mesmo tempo, se afastou o suficiente para não ter de ajudar em nada na educação delas, não fala comigo, não vão surgir emoções de qualquer género, e, então andamos com processos em tribunal. Mas com isto já passaram cinco anos e como ele diz já refez a sua vida (ainda bem não fosse suicidar-se) e tem a seu cargo uma esposa e um filho. O que parece que não o amacia. Pelo contrário.

Então, triste andava eu, chateada porque ele tinha voltado a casar e eu não ( eu sou muito mais inteligente e feliz claro), decidi arranjar um novo namorado.
Tal como eu disse há uns tempos, que gostasse mesmo de mim. Sentisse mesmo falta.

De repente senti uma grande falta de ar. E ando a lutar contra isso. Encontrei alguém muito interessante , mas cada vez que penso que vou voltar aos telefonemas às horas tal e tal e falar com os sacos do Pingo doce na mão, a guiar, ou quando estou numa curtição com filhas, amigas e família, ou à noite qd no silêncio da minha casa se ouve a minha voz forte a dizer doçuras, ...falta-me o ar.
"Então?" "Novidades?""Como estás?""Que fizeste?".

Porque o que eu quero é só quando estou sózinha.
Capisce?

E vai daí, na revista diz, 'O amor, o amor é muito lindo mas a maior parte das pessoas não sabe o que é, etc, etc, porque amar é dar e receber e não obter'.

Ora aqui está. Obter. Isto mexeu comigo. Muito. Pois. Pois. É bem verdade.

De forma que me enchi de amor verdadeiro e enviei uns mails.
A resposta foi extraordinária.

Por isso continuo a ler estas revistas Zenistas e outras. Há sempre algo a ler para nos fazer sentir.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A Tailândia



Dizia uma amiga minha que queria ir viver para a Tailândia. Nunca mais de lá saía. Que lá é o paraíso.
Que as pessoas não ligam a bens materiais e que olham nos olhos e adoram conversar e ...estar.
Simplesmente. A gozar aquele dia.

Não é preciso um sofá. Basta um tronco de madeira. Roupas. Um quadrado grande de tecido é suficiente. E, o resto, vocês sabem.

Mas o que a ela escapou, foi a razão porque as pessoas são assim. Aquele paraíso , esconde um inferno. É pois o sítio do juízo final. Aquela simplicidade das pessoas vem do seu sofrimento. Sorriem, porque estão vivas hoje. Não querem bens materiais porque estão sempre a perdê-los, bem como aos entes queridos. Talvez por isso tenham um carinho especial pelos turistas.

Não vale a pena fugir para um sítio onde o nosso sofrimento é amenizado face ao dos outros.
Isso não é o Paraíso. Ou, é querer ajudar e portanto ser útil e isso é de louvar ou, então, é querer ser alguém em terra de sobreviventes.

O Processo



Meteram-nos um processo em tribunal. Primeiro obrigaram-nos a inscrever na Ordem ( tal como na Ordem dos Engenheiros) e depois de termos que ir a algumas conferências, disseram-nos que para exercermos as nossas profissões temos que pagar uma enormidade, que não conseguia sequer por empréstimo, nem sequer encontramos fiador. Desta foema não podemos trabalhar. Ficam então os previligiados e os trabalhadores da favela que vievem sempre perto dos ricos e que tem a sorte de não ter estauto nem profissão.

Diz a história que aqueles a quem põem de parte são os sobreviventes e os que melhor se adaptam e que com esplendor encontram soluções de verdadeiro progresso. Por isso gostava de sair deste Processo. e ficar ostracizada. Aí tínhamos que nos voltar para nós, comprometermo-nos uns com os outros e, o que eu acharaia fantástico, encontrarmos parceiros por esse mundo com os quais nunca sequer imaginámos estabelecer relações.

E concentarmo-nos no que temos. Voltar a ter terra e mar. Plantar e colher. Legumes novos. Fruta nova. Ajudar os peixes a desenvolverem-se . Navios novos.

E construir um fábrica para sermos mais autónomos.
Aqui deixo uma nota. Hoje em dia a China e os EUA são os maiores poluidores do mundo pois usam carvão. Pensem agora sobre o petróleo de outra forma. Mais positiva.

Diz o Caribu que eu tenho muitas ideias mas que não sei. Eu acho que tenho algumas ideias e que sei alguma coisa. O que faço muitas vezes à revelia é que passo algum do meu tempo a pensar. Hoje não querem . Temos que pensar muito rápido e, já desesperados porque presssionados, acabamos por aceitar pensar o qua alguém já pensa, ou a maioria.
É chato.

Leiam a "Física do Futuro".
É a humanização no que diz respeito à saude e ao ensino. É a desumanização porque cada vez mais se individualiza.

Que graça tem?

És inteligente? És sonhador? ÉS?

Cada vez gosto mais das minhas filhas. São tantas coisas....O que me assusta , para além de andarem de carro, é o facto de verificar que quando começam a sair de casa para ir ter com os amigos, cada vez falo menos com elas. Assim, há que arranjar um jantar, uma ida a comprar nem que seja umas cuecas, mas, um momento só nosso, onde podemos estar caladas, a observarmo-nos, a gostarmos. E quando falamos, falamos, e quando rimos , rimos. Mas nada é obrigatório. Aceitamos assim. E assim notamos o quanto gostamos umas das outras. A Madalena cresce. Está a ficar giríssima como eu suspeitava. Não tem a beleza da irmã, isso notei logo quando nasceu, mas tem uma figura que atrai todos os olhares. Está alta, veste-se com muita pinta e tem uma cara realmente gira.
E depois a maneira de ser é muito cativante. O estudar é muito diferente. Mantem a sua dignidade, com uns cadernos exemplares, os trabalhos sempre a horas. Estudar? Só nas vésperas dos testes.
Eu fico desorientada , aflita, como posso encarrileira-la? Mas depois sento-me no banco da cozinha e penso como gosto dela, que me devo acalmar porque jé reparei que ela não é inconsciente, antes pelo contrário. E depois ela é feliz. Quem é de facto mais inteligente? Cada um à sua maneira, busca o seu sentido de vida.

Olhando para elas, olho para mim. Não me tem apetecido namorar. Primeiro, nunca as incluía nos namoros. Na última vez, incluí. Mas não gostei. Não quero justificar nada no que diz respeito a atitudes ou ao que dizem as minhas filhas. Só alguém que as aceite e goste exactamente como são. Poderia haver alguém assim, mas essa pessoa é muito egoísta. Dessa forma estou melhor sózinha, do que com uma pessoa muito egoísta, pois só iria ser infeliz assim. Acha-me muita piada, mas só quando não tem mais ninguém, e, acho que ainda hoje nem sabe de que terra sou, nem tão puco alguma vez leu o meu blogue ou pensou sequer em assistir a um concerto do coro que frequento.

Ainda tentei outro namoro, mas era uma pessoa que precisava de estar sózinha pois tinha muito pouco tempo para ele próprio. Era um viajante.

Hoje luto. Não consigo sair com ninguém. Pergunto à minha melhor amiga, "fiz bem?", e ela acena com a cabeça com veemência. Não lhe restam duvidas. A mim também não, mas nas alturas em que me sinto sózinha, acho que seria giro estar com um companheiro permanente. Desde que não ocupasse o meu espaço. Lá está!

Tem que ser um homem bonito. Muito bonito. Isso tenho decidido. Depois que goste de mim , o suficiente para sentir a minha falta. Não porque sou necessária na vida social dele, mas porque ele se sente mais feliz na minha presença.

Bom, é isso, vou voltar a emagrecer e vou voltar a sonhar. É engraçado.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sr Anibal

Quando o vi ontem deitado para sempre não me contive. Tudo o que tinha contido saiu. Eu não queria mas senti a sua perda como um pai. Foram muitos anos de convívio, de algumas cumplicidades e, de ajuda a criar as minhas filhas. Sempre o vi a ajudar-me no funeral dos meus pais, nunca pensei que fosse primeiro.
Muita gente me critica, agora não , talvez mais tarde, mas, perante a morte, muitas coisas acontecem de que não estávamos à espera. Não estava à espera de sentir tanto a sua perda. Não estava à espera que a Susana não reagisse. Que as minhas filhas não soubessem o que dizer ao pai. Que não tenham, sentido necessidade de falar com ele. Nunca pensei que a única pessoa com quem pude chorar foi a minha filha Madalena, que percebeu o quanto estou abalada. Nunca pensei que fosse a minha cunhada Cristina a perguntar como é que eu estava e se precisava de ajuda.
A minha filha Susana penso que sentiu que toda "aquela gente que iria ao funeral" não tinha nada a ver com ela e com o Avô. Como se não percebesse que ele tinha vida social para além dela. Ela sofre e, não sabendo ajudar o pai, também não percebe porque o pai não lhe disse umas palavras de aconchego.
Eu desde cedo as preveni, lhes disse que era dar mimos ao Avô , pois mais nada haveria a fazer.
Mas foi muito depressa . Muito rápido. Morreu muito novo. E morreu mal, como se na doença também precisássemos de ter sorte.
E a minha colega Cristina disse , tens direito a dias de luto, e de facto sinto-me de luto. Mas nem tenho a desculpa de a minha filha mais velha ir ao funeral. E sei que o Carlos não gostaria de me ver. E o pai é dele.
Peço desculpa. Não é por ter medo. Mas também não é por me querer mostrar à família.
Bastou-me tê-lo visto tombado. Vou ajudar a avó das minhas filhas. Visitá-la mais.

Não me apetece nada.

sábado, 15 de outubro de 2011

Mãe

Mãe, no outro dia abri uma caixa velha e vi o que escreveu num postal de parabéns para mim. Fartei-me de chorar. A vida é curta e quando é cheia de curvas leva-se tempo a alcançar paz. Quando às vezes deambulo pela casa, a lavá-la, a arranjar a roupa, a pensar no comer, e em todas as necessidades das minhas filhas, recordo-a ainda nova, com um sorriso muito bonito e ....do tanto que fazia.
Teho que repetir que muitos gritos, guerras e algumas "tragédias" aconteciam naquela casa. Sobreudo muitos gritos. E choro. De todos.
Foi difícil.
Para o pai embora árduo, era mais lenear. Arranjar-se, estar bem de saúde e ir trabalhar fora. A mãe ficava. Era a casa, a comida, estender, apanhar, lavar, passar, arrumar, descer escadas, subir, descer, descer, abrir a porta, tocaram à campainha, o telefone, "ó Nita, que me faltam fósforos e puré", a cera, toda a loiça lavada à mão. E, no silêncio raro, enquanto quase todos, estavam fora, era sentar e respirar um pouco, ler as Selecções, ou uma revistita, ou um livro, mas o olhar depois perdia-se no que era preciso para o jantar. E, a "luz da escada não acende, e o autoclismo não funciona, e é preciso regar o quintal, e vê lá o cão é preciso dar-lhe de comer, e é preciso comprar chapéu de palha à Nita, e um casaco à Cecília, e a bata para a Fátima, e uns sapatos para o Zé, e as Vicentinas, e, onde ponho aquela a estudar, que não cosegue com o barulho cá de casa, e a vizinha que não se dá comigo, e a outra que se quer dar, mas eu tenho vergonha de a receber, porque nunca estou arranjada, e a tia Joceline que eu adoro, mas que não posso estar tanto tempo com ela a telefone, e a pobre da Maria dos Anjos com tantos filhos, tenho que lhe ir levar qualquer coisa, e a minha filha que está triste, e, a minha mãe que nunca soube mostrar amor, e o meu pai a quem adoro, que está sempre do lado dela, e estas minhas dores de cabeça, todo o dia, todos os dias"

E aguentou tudo. E mais fez. Que estas minúsculas linhas não contam. Os filhos, a gravidez, ir para o estrangeiro, a lucidez do que falhava. E tudo por tudo, tentar fazer. Com as netas também.

Só uma mulher extraordinária pode ser assim. Obrigada mãe por me ter tido e criado e mostrado muito caminhos. E me ter dado tantas vezes o seu colo. Ainda hoje. Tenho muito medo que ele me falte.
Ó mãe.....

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Pai

Hoje dou por mim a imaginar como conseguia dar dinheiro sózinho para atodos nós. Nenhum trabalhava, todos estudámos, como é que um homem só, conseguiu dar conta do recado? Os médicos, as operações, as roupas, a comida, os transportes, tanta coisa. Hoje entendo muito bem.
Porque foram raras as férias. Porque herdei tanta coisa dos meus irmãos. Porque não houve o chamado, actividades extracurriculares, embora as mais velhas ainda tivessem tido, ténis, natação e ballet. O Zé ainda teve os escuteiros e uma moto e eu ainda tive as guias.
Percebo , julgo eu , a vesícula que não funcionava aos fins de semana. Não era agradável, havia sempre gritos e tensão. Mas, pondo-me agora no seu lugar aqueles dois dias deviam parecer-lhe um desperdício face ao que tinha que ganhar.
Ainda foram os livros de Medicina, as cadieras ergonómicas, os auscultadores para as mais velhas. Os mais novos eram mais humildes. Mesmo assim, ainda me pergunto como foi possível.
Não recebíamos quase ninguém em casa , era certo. Os pais nada gastavam consigo. Nada. Era a pouca roupa que vestiam, sempre estimada e, nem idas ao cinema , nem nada.

Mas, ainda me lembro que quase todos os fins de semana tínhamos um passeio saloio, até de carro quando o comprou e, almoçavamos fora, sobretudo no Inatel ou no Matadi. Íamos à missa, tínhamos modista. E o Pai guiava tão bem.

Mesmo assim pergunto-me , como dava?

Comíamos bifes, pescada fresca e fruta e tudo do melhor.

Como dava?

Só com muitos empregos, com serviço de 8 anos feitos em África, o que permitiu aqduirir uma vivenda e pagá-la a pronto, muitas viagens a estaleiros no estrangeiro, viagens presidencias. Mais o emprego de professor na escola Naval. Mais o de consultor na Insulana. E ainda pertencer à Marinha de guerra. Também tínhamos a mercearia e roupa da Manutenção Militar.

A casa foi degradando-se porque não havia dinheiro para mantê-la. Nós só tivemos que estudar.

O que é certo é que, naquela época, o pai teve que ser um homem extraordinário. E é.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Olá doutor!

Olá Doutor,

A Susana está cheia de fel. Ontem enrolou a roupa passada pela D.Diana e enfiou-a no armário. Ela não gosta lá muito de mim. Chama-me nomes. Incompetente. Etc. "O melhor é voltares para o psicólogo...." ...sabe já o meu namorado dizia-me o mesmo...." não deixes a psicanálise, pode ainda não ser a altura ideal....deixa-te ficar" ...são aqueles que no fundo não acreditam na minha força? Na verdade , acho que não acreditam é neles. Não têm grande auto confiança. Aí, já sofro um bocado com a Susana mas sinceramente acho que tenho sido permissiva. O pior, e aí sou eu que tenho a culpa, é que não está o pai presente para a educar. Ele até agradece pois também não saberia o que fazer.
Mas, muitos amigos meus riram-se quando souberam que eu continuava na psicanálise.
O meu advogado é giro. Hoje perguntei-lhe pelo dinheiro e ele diz que está no solicitador. Que vai pedir-lhe para me dar. Se calhar fugiu com o meu dinheiro.
A minha Madalena é boa miúda. Vou ajudá-la e amá-la o mais que puder. À Susana também, mas sem confundir amor com disciplina.
Eu continuo a achar que estou cansada. Já só falta um bocadinho.
Isto passa.
Foram umas férias muito intensas e com grandes ilusões. Mas Paris fez-me ver a verdade. Toda.
Estou contente porque uma antiga diretora do colégio das minhas filhas mandou recado a dizer que eu estarei sempre no coração dela. Depois porque o maestro tomou uma das minhas ideias escritas e quer pôr em prática. Depois porque sou feliz. Tenho muitas amigas. Também cheguei a uma idade em que de repente estou a falar com estranhos e a rir. É tão bom. Não ter medo. Mas tenho claro. Dos assaltos por exemplo. Mas sempre os houve.

Um beijo doutor.
Inté.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Olá professor.

Olá professor doutor.

Cá vou indo. De si não sei nada, nem sei se já morreu. A sua letra na minha última receita já parece mais uma linha quebrada.

Agora, estou sem necessidade do comprimido da manhã. E de outros que me tenho esquecido de tomar.

Estou contente com isso.

Por outro lado hoje, tremi um pouco ao levar a minha filha à escola, mas um comentário de uma colega minha que me encontrou lá e disse que eu estava muito bonita deu-me muita força.

Qaundo cheguei ao carro chorei porque acho que não consigo dar conta do recado e bem.

Precisava duma ajuda efectiva da minha filha mais velha. Vou pedir-lha.

Nesta fase pré Outonal sinto muita falta de dar e receber carinho de um homem , mas ao mesmo tempo não consigo gostar de nenhum. E, se não gosto , vou sair para quê? . Porque em primeiro lugar não quero fechar portas e depois sempre convivo. Mas é mais giro quando nos apaixonamos. Eu sei que vou apaixonar-me outra vez, mas ainda não me apetece. Preciso de me organizar no meu castelo, ver se a rotina das esolas corre bem, se as minha filhas estão felizes a estudar e se em casa há o conforto e a organização e também o lazer suficiente.

O meu ex marido subtraiu à despesa dos livros da Madalena o que gastou no reconhecimento da assinatura para ela poder voar comigo.
Espero que não se lembre de começar a descontar o papel higiénico que ela gasta quando está com ele. Ele quer meter-se comigo, tem saudades porventura dos nossos confrontos de medir forças, mas, por um lado ter-me-á sempre ao seu lado, quando estiver com as filhas e, eu já não retruco a não ser por advogado. Cada vez mais é para mim uma pessoa pequenina mas que não me desperta sequer o instinto maternal. Já o filho dele sim, sinto crescer o meu afecto por ele. O irmão das minhas filhas.
Um dia espero que ele venha a minha casa por sua livre vontade e com vontade.

Um beijo e boa sorte.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Os 48 anos

Olá. Olá. Olá.
Estou a ler 4 livros em sinultâneo. A Amizade do Alberoni o Viver todos os dias cansa do Pedro Paixão e depois dois livros sobre o futuro : um é azul e tem uma nave espacial e outro é uma completa explicação à lei de Murphy. Um espectáculo.

O meu trabalho tem sido esgotante mas ao mesmo tempo um prazer porque estou num ambiente calmíssimo e pude disfrutar dos meus colegas que ficaram de uma forma realmente amiga.

Para a semana vou voar com as minhas filhas. Tenho medo mas estou cheia de adrenalina e isso aos 48 anos cada vez é melhor. Quero muito viver para poder continuar a fazer parte da vida delas. Elas merecem tudo.

Desde há 3 anos para cá tenho ido a demasiados velórios.
Ás vezes dentro da quietude do meu quarto, com o meu gato ao lado e a sorrir, com o corpo completamente confortável, pergunto-me quanto é que isto vai durar. Quando é que o meu corpo vai começar a deteriorar-se por dentro sem eu o saber e de repente vai acender a luz de "service" demasiado tarde. É que eu não posso ficar trinclítica. Não me posso ficar nesse estado limbático porque não tenho ninguém para me lavar e ler e nem quero. Preferia morrer dignamente. Acho que nunca suportarei uma quimio. Peço desculpa pelo que escrevi mas estou a ser sincera. Se morrer que seja rápido e de uma vez só. Não tenho ninguém para ir comigo às sessões. Nem quero. Suponho que quando estiver às portas da morte quererei ficar e revoltar-me-ei como nunca. Em relação aos que ficam? Não faço ideia. Mas é da natureza humana. Continuar sempre é o que sabemos fazer sem nunca, durante uma vida, sabermos qual era o ponto a atingir. Talvez seja isto o que é giro na vida. Continuar sempre a procurar. Acordar e "cu-cu" o que será que este dia me reserva?. Mas sem a degradação do corpo por dentro.
Tabém não estou a ficar mais bonita. Mas os rapazes da minha idade também não. De qualquer forma hoje prezo mais as atitudes bem dispostas. Se chegámos até aqui aos 48 sem perder ninguém mais novo, com dinheiro para subsistirmos e com o corpo a levar-nos a todo o lado, inclusivé às nuvens e sem dor, porque haveríamos de ser maldispostos? Só os complexos, a inveja, a imaturidade, a irresolução da infância e adolescência nos poderiam levar ao estado de quezilentos, mas por Deus aos 48 anos , isso já tem que estar resolvido!

Olá. ;-)

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Os cinquenta

Há estudos sobre isto. Claro. há estudos sobre tudo.

É muito importante a maneira como entramos nesta idade.
Se é de uma forma derrotista, estamos feitos.
Mas, de uma forma optimista e serena, se viermos ainda muitos anos , reparem o que ainda podemos gozar.

Tanto nos homens como nas mulheres há mudanças físicas, claro. Embora uma mudança em particular me encante e não posso deixar de apimentar esta pequena exibição de vaidade que é escrever aqui.

Diz o Pedro Paixão, para escrever é preciso morrer. Mas aqui não sou escritora porque não morro para poder sentir os outros. Ainda estou bem presente na minha vaidade.

É que nesta idade as mulheres continuam a ter uma excelente líbido e tiram ...mais prazer!. Os homens , levam muito mais tempo em erecção. Imaginem....
Pois, é indecorosa esta parte, mas sem mais demoras vos digo, as tretas da menopausa e andropausa estão a desparecer e ao invés melhor se explicam as relações, sobretudo o desgaste das relações maritais que se procuravam explicar com "doenças".

Sem mais demoras vos digo, que é nesta fase de mudança e da forma como entramos nela que podemos levitar, pois é nesta altura que a nossa alma alcança o auge da maturidade.

Qu'a bom!

Olímpicos de Natação

O bafo quente que senti ainda no Alentejo, encheu-me os pulmões de calor e conforto. Que saudades tinha do Algarve. Farta , estava farta do vento e ao fim do dia tinhamos que vestir um casaco de malha.
Ah, o Carvoeiro é bonito mas cheio de escarpas, Armação de Pêra deprimiu-me mas Altura mais uma vez esteve à altura dos meus sonhos. Andámos de carrinho, comemos um gelado, jantámos em Cacela, fomos ao Fórum Algarve e vimos um bom filme de graça, como é já costume em Altura.
E, aconteceu uma coisa gira: estava acompanhada e talvez isso fez com que pelo menos 3 pessoas que conheço há muitos anos e vivem lá, viessem falar comigo. Cheias de simpatia e contentes por me rever. É giro depois de 19 anos a ir sempre lá passar férias. Foi sempre um sítio que independentemente da companhia marital indesejada muitos anos, sempre me compensou pela beleza das praias, pela serenidade, pela excelente comida e, pela companhia dos restantes familiares e amigos.

Lá, pensei sobre o sentido da vida. Não damos sentido à vida. Ela é que nos dá a nós. O sentido da vida não é ser feliz, alcançar a felicidade. Se um filho meu morrer, acabava-se. O sentido da vida não é alcançar a felicidade, é ser, é estar, é fazer , com responsabilidade e o melhor possivel. Só assim faz sentido a vida.

Tenho dificuldade em aceitar a minha filha mais velha. Porque é que ela pôs um piercing no nariz ,que já não fecha, porque é que ela gosta de Farmácia, porque é que o namorado de quem ela gosta, não estuda ?????? É porque ela quer, ela escolhe, ela faz escolhas e eu já não tenho tanto ascendente nela. Apesar destas pequenas choradeiras não tenho dúvidas que me ama, só sinto um falta louca de que ela me abrace. Por isso lá terei que agarrar o gato e dar-lhe mimo e um namorado também me fará muito jeito.

A minha filha mais pequena, é muito doce e meiga. Adoro a sua companhia. Sinto-me feliz. Nem é preciso falar. Porque ainda nos abraçamos e beijamos.
E quando isso também terminar e tivermos que comunicar apenas com a fala?

Há sempre o riso.
Nade-se de vez em quando no riso. E ganhe-se um prémio.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O Homem Ideal

E foi o filme que vi. Não sei bem se o título era exactamente este. Com a Rennée Zwellenger.
Espectacular.

E na continuação da autosuficiência. Eu descreveria o tema como suficiência.

Sobre o facto de não sermos demasiado autosuficientes.

A heroína do filme farta de o marido andar em digressão a cantar, com dois filhos, meteu-se à estrada com o objectivo de arranjar um marido e um pai para os dois rapazes. O filme é muito divertido e no fim vão parar a Hollywood onde a mãe já não aceita convites para sair apesar de ser considerada uma mulher líndíssima.

Ela percebeu que em relação ao ex marido, embora não certa se ainda o amava, teve a certeza de que já não precisa dele e depois que também não precisa de casar com nenhum homem para ter uma vida feliz. Ela é feliz trabalhando e vivendo com os dois filhos.

The End.

A vida é um filme

Claro que cada uma das nossas vidas dava um filme.

Ouvi há pouco tempo um padre dizer uma coisa que me prendeu a atenção. Enquanto listava o que devíamos de abdicar para sermos verdadeiros cristãos , ele mencionou a "auto-suficiência".
Fiquei a matutar. Eu sou muito independente de facto. Mas, pensando no que muitos amigos me dizem qu eé : "afasta-te um bocado", não podes estar assim tão ligada a esse problema, não é teu", "pensa mas é na tua vida e nas tuas miúdas", percebo o que queria dizer a Palavra. Lembrei-me de muita gente que conhço e que conheci, muito ciosos das suas rotinas, gestos, sequências, hábitos, horários, constituição do pequeno almoço, com quem se deve dar ou não, as escolhas que fizeram, como arranjaram a suas vidas por forma a ter o mínimo de sobressaltos, e de , poder aparentar , nesta calamaria um perfil de vida "normal".

Mas , não pode ser.

Como posso eu ficar indiferente aos dois gatos que vão perder a dona, porque esta vai para a Suiça e lá não a deixam ficar com eles e, a neta, que já não tem a esperança de se reconciliar ou sequer dar com a mãe, e que vai ficar cada vez mais sózinha, apesar de ficar a viver com os outros avós, cuja figura paterna é muito bruta?
Se ela , uma miúda, acabada de ser mulher, me dá este exemplo de força, ao tentar encontrar um lar para os gatos que ela própria adora, como posso eu ficar de braços cruzados acariciando apenas o meu gato?

Não.

Vou pôr no facebook pelo menos. são dois gatos muito bons e calmos e que gostam de estar um com o outro. Como irmãos. Se alguém quiser ou saber de alguém que os quer, digam-me.

Isabel Maria Pinto Coelho

E pronto , é só isto. Um velório, uma missa, uma missa de 7º dia e sais da minha vida. digo minha porque não sei a dos outros. quando te coonheci tinhas um homem, deste-me a tua simpatia e alegria, e contavas as saidas de fim de semana, os cozinhados , as férias na Europa , África, Médio Oriente e, em segredo mostraste-me o tal nosso colega em todas as fotos. Dezoito anos , vim eu a saber, embora não vivendo juntos diáriamente.
e aquela família africana, cheia de filhos, da qual "adoptaste" a Michela? Onde estavam? Não os vi.
E o teu homem? Assim que ficaste doente, começou a dar desculpas e a desaparecer ?
É certo. Eu também já te evitava um pouco no final. Não ouvias e tossias sem misericórdia.
O que podíamos falar? Vivias hora a hora. Já não era um dia de cada vez. Mas não te quero esquecer. Para isso tenho a minha cabeça, uma ânfora qu eme deste na sala e uma grande e fôfa rena com guizos no meu quarto.
Quero também uma foto tua. Eras muito bonita, mas não entendo que raio de vida e de muros construíste que no fim , só os colegas te homenagearam.
Lembro-me de todos os conselhos que me davas sobre os hoemens e sobre a vida. Eu pedia-tos e ouvia.
Lembro-me de um dia muito horrivel, em que o homem que eu amava, me telefonou a soluçar alto da morgue onde jazia a filha de 21 anos acabada de falecer. Tu aproximaste a cara da minha e disseste num tom que não admitia réplica. "Controla-te! Deixa-te disso imediatamente. Pior era se ela tivesse sobrevivido e ficasse aleijada para o resto da vida". Achei isso tão cruel. Mas acalmou-me. Estava ano local de trabalho e compreendi-te.
Tu no fim dizias, " queixar-me ? porquê? não, há gente que está muito pior que eu". Porque as viste e sabias.
Um abraço muito grande. Fico com o teu sorriso , o teu riso , a tua elegância e o copo de plástico onde bebeste água ainda está no meu carro. Bem hajas por tudo o que me proporcionaste e também à Michela . Que ela nunca te esqueça e tenha a sorte que lhe desejaste.

domingo, 8 de maio de 2011

Pontos nos is

Claro que vou continuar a mentir. A coisa mais manipuladora e sem escrúpulos e que "entala" os outros de vez é ser "extremamente honesto contigo pois disse a verdade". E agora? Ser honesto é virtude. E então? Pró cócó essas coisas da verdade e da honestidade. Dizer enfim aquilo que foi omitido ( mentido) é uma grande virtude? Só dilacera quem tem de ouvir e deixa alegremente impune e com a sensação de ser muito bomzinho quem a proferiu. Nunca ganhará um lugar no céu. Se é isso que pretende. E unca mais dormirá sossegado ou sossegada, se também era isso que procurava sarar. Há consequências para os nossos actos, mais que para as nossas palavras.

Como amar alguém e ir para a cama com outro. Acredito nisto e acredito profundamente que se continua a gostar e a amar a primeira pessoa. Mas, seja como for, se for sabido por essa pessoa, terá sempre consequências.

Mesmo que seja apenas flirtar com homens à mesa de um restaurante com o marido e todas as outas esposas presentes. Nunca submestimar os outros e as outras e muito menos o marido.

E agora irritei-me e já não sei o que ia dizer dizer. AHH!

Sim. Como a canção de uns tipos dos anos 70 que hei-de encontrar, senti esta semana, um rejubilo ao apreender que se não posso estar com quem mais amei, poso amar a pessoa que tenho. É difícil, sobretudo paa quem foi criada numa família altamente crítica de tudo, desde gozar com as características físicas até às morais. Quado acontecia algo de mau a essa pessoa, tinha que haver respeito e não se dizer mal, embora no íntimo sobrasse aquele bem estar de "nós somos bons apesar de muito infelizes " lá está aos outros felizes é que acontecem coisas más. Cotinuemos pois a ser como somos. Ir à missa, estudar para ser formado e, continuar a ter o inferno dentro de casa. Mas ai de quem disser alguma coisa destas paredes para fora.

Bom, e então, é isso. Voltar a estimar , quem nos estima. A amar quem nos telefona. A amar quem nos ama. A idealizar, mesmo sendo já velha e não tendo muitas expectativas. Vendo rápidamente os defeitos do outro e aceitá-los, tal como ele aceita os meus. E ver e sentir as qualidades. Ás vezes sem as saber classificar ou catalogar, simplesmente senti-las, pois ao senti-las de certeza , que nesse momento me estou a sentir bem.

E sem nada a ver, o silêncio da casa um dia inteirinho só para mim. O telefone, só atendo o meu amor. De resto , ninguém. Primeiro custava-me concentrar. Limpezas mas depois a tv,ms há coisa melhor, ler, mas há coisa melhor ir beber café, mas há coisa melhor ir à praia, mas ha coisa melhor ver o FB, e isto não pára. A vida é curta e há que aproveitar o mais possível e depois..não se aproveita. Tal é a velocidade com que queremos fazer tudo.
Pois eu sou contra!!! Uma coisa de cada vez ( há que aprender ), e - muita atenção!- com muito amor. E assism li o livro da barragem, o fim de outro, um bocado da Ler, e o livro do Vaz. Aahahahah! Fartei-me de rir pois ele chama aos psiquiatras os psi. Uma medida da tensão de vapor. Está coerente!

Também já encetei conversações secretas com o ministério das finanças. Mas ainda não as finalizei.

A quem então vou dar o meu voto no dia 5 de Junho? Será que é desta, que é aos comunistas? Que dizer deles, tenho-os na minha família, sobretudo a parte mais rica, e, na verdade , nunca me traíram. Houve o 25 de Novembro simmm, bom mas o que se passou nos últimos anos não foi o mesmo? O mesmo já não posso dizer de um Fernando Nobre que teimoso tal como eu, quis , e quis muito , nem que fosse pelo PSD. Ora isso não se faz. É trair o ideal das pessoas que nele votaram. Continua a ser um grande homem, mas nunca o eligirei para nada. Que continue a trabalhar, será o que ele faz melhor. Tal como eu.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Back to the future

Eu estou boa. Tomo uma toma de antidepressivo à noite, mas numa dose homeopática, dado que nunca aumentei a dose como é sugerido. Ajuda aos níveis de serotonina. Pode dizer-se que me drogo? Bom, diz na bula que posso guiar. Também tomo uma metade de dose de anti hipertensor de manhã ao pequeno almoço que o cardiologista classifica de homeopática.
Estou portanto em equilíbrio homeopático com os meus remédios.
Se não vier nenhuma doença, quero fazer muita coisa.
O amor pelas minhas filhas toma proporções que nunca imaginei. A minha Susy. Sei os medos que ela tem. E também as ilusões. A minha Madalena. Promete uma adolescência muito frontal. Já tenho que lhe aloirar o buço aos 10 anos. Quero ir aos castelos da Escócia. Com elas. Quero acampar uma semana com elas. Quero ver um bailado com elas. Uma ópera com elas. Quero entrar no House com elas. Ir à torre Eiffel com elas e depois jantarmos em Montmatre.
E viver no Canadá um ano, com elas.
Diz uma autora que o que queremos na vida é amar alguém, ser amado e esperar nunca morrer depois dos nossos filhos. Mas é mais. Mesmo para quem não cumpra os três axiomas é sempre mais, a vida. O prazer do conhecimento, o prazer de fazer arte, de trabalhar, de comunicar com alguém, de contactar com a natureza, é indescritível.

eu ando mázita

É . É.
Tenho pensado muito. Naquela frase " a pior pessoa é a mentirosa". Eu às vezes minto. Sobretudo por perguntas que me fazem e às quais não quero responder. Em vez de dizer, Tens alguma coisa a ver com isso? , minto. Dizem que os adultos preferem pessoas que não são mentirosas. Nesse caso se eu deixar de mentir, tudo vai ser melhor?. Mesmo que doa a quem eu disser a verdade?
Inclusivé leio que o grande avanço na humanidade será atingido quando todos disserem a verdade. Vou tentar ser melhor pessoa e talvez, ao invés de mentir, ser franca no que diz respeito ao que me apetece ou ao que sinto. Ou então não justifico. Dependerá. Bom, vou tentar não mentir mais. Sobretudo é para meu interesse que minto. É portanto uma forma de manipular. Porém, a quem minto, tenho a certeza que percebem que estou a mentir. Isso faz-me sentir melhor, mas não é justificação. É feio. Vou tentar melhorar nisto.
Nisto, e arranjar o aspirador.

No entanto, nunca menti em relação ao meu ordenado, ao que compro e gasto. Não minto em relação ao dinheiro portanto. Mentir aos meus pais , já não. Às minhas filhas é muito raro. Enganar namorados, nisso, mea culpa. Colegas também já não. Para conseguir algo burocráticamente tenho verificado com espanto que quanto mais sincera sou, com enorme facilidade obtenho informações e documentos. A quem minto então? Acho que sobretudo a quem não tem o direito e ou a moral de me fazer certas perguntas.

Ámen.

terça-feira, 3 de maio de 2011

pós bin laden

ando um bocado esturricada. é uma nova fase? é de facto, estão muitas coisas a mudar. deixei a psicanálise, não deixei a pílula, a mais velha está a fazer por entar na faculdade, está a fazer por ter uma vida sexual, está a fazer por continuar os seus sonhos da dança, a mais nova está a ficar muito bonita, mas continua muito gorda, a limentada pelos meus pais a pão com presunto, refrigerantes , bolos e chocolates. tem os dentes para tratar mas, o pai e a mulher dele, comparam os seus tratamentos dentários no dentista do pai e a mulher dele opina que ela é muito nova para usar aparelho. vou deixá-los tratarem dos dentes da Madalena. estão a precisar de se ocuparem porque naturalmente já não podem muito bem um com o outro. e eu vou começar a pressionar o pai dela no sentido de tratar dos dentes da filha. nada como entregá-la na mãos de especialistas. depois logo pensarei em pagar a metade. depois de levá-la ao meu dentista e ver s eo trabalho está bem feito.
ontem abracei a minha mãe com muita força. senti o calor dela. tenho medo de a perder apesar de sermos muito diferentes.
depois há o mundo. mataram o mau o bin laden e agora estamos cheios de medo que reajam e nos matem. como na raça cigana. vingarem a família. se assim fosse , como é possivel a França dar-se com a Alemanha? o dinheiro. decobri há muito a importância do dinheiro, mas, mesmo sabendo das várias teorias anti-dinheiro tenho que admitir, aborrecida, que é um elo forte de ligação entre nações. entre pessoas. é até a força motriz de muita gente. a razão porque vivem. já foram inclusivé criados assim. em casa falava-se quase só de dinheiro. sabem das teorias da felicidade, falam delas inclusivé com sabedoria, mas, quando lavam os dentes e vêm o rosto reflectido na torneira e quando se perdem numa página de revista, os pensamentos voam e concentram-se nos números a subir na conta. ninguém sabe. mas é a mais pura alegria deles.

eu? claro que vou tratar dos dentes da Madalena. sou a pessoa mais indicada, porque a amo mais que ninguém. verdadeiramente. os outros que querem falar sobre os dentes dela que se fod.....! sózinhos, porque juntos sei que não.

na primavera andam muitos pós no ar . apanhei alguns pós bin laden.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Anuxa

A Ana morreu.
Tenho pena de não me ter despedido dela. Mas que poderíamos dizer uma à outra? Ela não me ia confiar os seus filhos. Isso sei que era a sua única preocupação. Deixá-los tão cedo. E a precisarem tanto dela.
O pai é boa pessoa, como sempre se diz nestas coisas, mas penso que era alcóolico. E isso é terrível. Mas é melhor do que não terem pai.
A Ana sei que me diria,Nita, aproveita avida e não ligues a coisitas mesquinhas que não valem nada. Deita-as para trás das costas.
Acho que foi em minha casa que estivemos juntas pela última vez. Ainda saímos algumas vezes, jantámos , muitas amigas juntas, rimos. Ela tinha já o destino marcado na cara.
Dei-lhe algumas vezes boleia até perto de IPO. Ela ia o restante a pé. Sózinha. Para os tratamentos. E ela era casada. Tinha 4 filhos. Cinco irmãos. Pais vivos. fora os cunhados e cunhadas. E amigos. Serão sempre estes .....???
Há coisas que não entendo.
Mas lembro-me bem da Ana. Um bocado revoltada. O patinho feio da família. Ela era bonita. Mas nada do que fazia suscitava elogios. Lembro-me dela nas Guias. Um dia disse-me o que ainda ninguém mem tinha dito : que eu tinha uma boca e um sorriso lindos e que ela gostava de os ter. Ainda nos rimos muito as duas. E, quando ela cresceu e começou a namorar o Rodrigo, um borracho por sinal e, andava de sapatos altos e malinha chanel a tiracolo durante o acampamento. Não fosse ele vistá-la. E foi. E, um dia lá vinha ela com um pensinho higiénico na mão até à fogueira para o queimar. Ah, muito nos ríamos. Esse acampamento foi memorável a vê-la de malinha a cortar lenha. Acho que foi no Linhó. De todas nós que me lembro das guias, ela é a primeira a falecer. Fica em paz Ana. Os teus filhos vãos ser felizes. Se pelo menos forem bons irmãos , eles vão conseguir, juntos.
Talvez a grande mudança que se opera nesta nossa geração é que criamos os nossos filhos de forma a que são muito bons irmãos, unidos. Os pais que eles vêem são de confiar mas em separado individualmente não como um par.
Mesmo assim , tenho esperanças.
Também soube de outra amiga com a minha idade, menos um ano ou dois, com cancro. Esta não fuma. Porquê? Porque é que "apanhou" cancro? Não sei. São muitos anos de nervos , de ansiedade, de stress , de medos? É a alimentação? Hereditário? Esta espero que ganhe a batalha.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A guerra no Ultramar

Foi no fim de semana que tive que pousar o tabuleiro da comida , enroscar-me e no puff e já estava tão agoniada que tive que mudar de canal. Estavam a dar filmagens da guerra em Angola. Quase à nossa frente e quase em simultâneo os homens eram abatidos mas , mais frequentemente rebentados com minas. Os estilhaços deixaram-nos cegos, a outros incapacitados , a outros deficientes mentais. Outros viu-se práticamente em directo a ficarem sem pernas e braços, a berrarem e a pedirem para os matarem ali já, porque não queriam regressar assim para a família. E lá faziam uma pequenissíma tenda no meio do mato com um oleado em cima dos ramos de uma arbusto, enquanto os que estavam bem, salpicados de sangue cerravam a boca de raiva e medo e tinham que ouvir , presenciar o sofrimento do colega ali debaixo da tendinha. Depois davam depoimentos de homens que tinham combatido na guerra. Alguns, hoje, ainda choravam a recordar.
E eu lembrei-me de como ia crescendo com medo de perder o meu irmão, que o meu pai já estava safo, falava-se em ele ir para França, a minha mãe disse-lhe para se dar como objector de consciência pois não tinham dinheiro e, parece que seria isso que ia prevalecer. Um primo, o Vitor, um homem lindo, tinha perdido uma perna e um olho. Lembro-me vagamente quando ainda não fora de perigo tinha chegado de helicóptero ao hospital militar em Lisboa.
No Natal, eu não despegava da televisão a ver todos aqueles rapazes a dizerem uma mensagem às famílias. Não percebia bem aquele dramatismo mas ao chegar aos 12 anos, comecei a perceber que aquilo era a sério, mas não sabia mais nada.
Até que se deu o 25 de Abril.
Digam o que disserem do 25 de Abril, foi de facto uma das melhores coisas que aconteceu em Portugal.

Meu rico filho, criado para morrer, para matar, para sobreviver com aquelas lembranças.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

cordon bleue

é assim:
bifes do lombo de porco fininhos. uma fatia de fiambre e uma fatia de queijo entre os dois. Um palito a uni-los num extremo e outro no outro extremo. Passa-se por gema de ovo batida e depois por pão ralado. frita-se em pouco óleo becel de um lado e outro . No fim qd estão em cima de papel absorvente pôe-se uns grãos de sal.
Acompanhamento. Um montinho de arroz, MUITA salada daquela já lavada com tomate cherry inteiro piquinino e, três boas rodelas de laranja.
Repetir.

agora....já imaginaram com roquefort, queijo da ilha, queijo de cabra, queijo da serra?

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ooooopss!

Dia horrivel de Inverno.
Lá fora a bruma, os carros contrariados a avançar. O vento assobia nas caixas dos estores.
Nós, dentro de casa mal falamos. O frio é muito. Custa despir os pijamas, custa lavar-nos , custa vestirmo-nos. As roupas estão frias.
O gato não pára de miar e quando tropeçamos nele lançamos um impropério surdo.
A nossa cabeça mantém -se baixa enquanto revemos todos os objectos que temos que levar.
Adeus, até logo mãe. Até logo filha. Havia tanto a falar com ela. Mas eu sei que só sairiam respostas tortas e secas. É melhor esperar pelo regresso a casa.
A minha Madalena sempre sorridente é a que dá alegria. Sorri, expectante.
Vamos filha, digo eu depois de lhe arranjar a lancheira e de pôr uma gema de ovo no gato pois não tinha mais nada.
-Mãe, ontem tive um pouco de medo aqui em casa enquanto não chegavas. Mesmo com a Susana e o gato.
-E os vizinhos? Não sentes que podias bater a qualquer porta aqui do prédio se precisasses?
- Ó mãe, à vizinha de cima?
-Sim , claro.É muito boa pessoa e ajudava-te logo.
- Mas ó mãe ela é maluca.
- É maluca , mas é boa pessoa.
A porta do elevador abre-se e saímos.
Pendurados na caixa da luz, estão umas cuecas fio dental de renda e um soutien transparente de renda preta e cor de rosa.
- Ó mãe olha isto!!! Ihihihihihi!
Sem falar, enfio-os rápidamente dentro da minha mala.
A Madalena olha para mim de olhos arregalados.
- Poisssss, devem ter voado da nossa varanda.

Raios, não devia ter saído do carro tão precipitadamente ontem à noite. E usar um saquinho para a próxima.

Ai, ai, ai ,ai, estou agora lembrar-me , a Susana saiu antes de mim..... raios!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A Galp

Ontem fui a Sines, visitar as novas unidades em construcção. Também a Refinaria do Porto foi aumentada na sua complexidade e também está prestes a arrancar na Primavera. Sines só arrancará depois do Verão.


Fiquei outra vez muito orgulhosa como cidadã portuguesa por ver uma fábrica nossa e cheia de trabalhadores. Pelo feito de engenharia, de tecnologia e humano que representa.

Sei que hoje hà boicotes à compra de combustíveis em postos Galp.

Não vale a pena. A única forma de luta seria andarmos de comboio e metro. Que são a electricidade.

Há também um meio de transporte de que ninguém fala que é o avião que anda a Jet. É a Galp que o produz.

Bom, há dois assuntos a discutir.

Um é que nós precisamos de combustíveis para viver.

A partir de agora deixamos de ser deficitários de gasóleo em Portugal e passamos inclusivé a poder exportar grandes quantidades de gasóleo ( já exportamos muita gasolina).

Dois é a do preço. Concordo que poderiam haver preços mais baixos. Teríamos menos margem, mas paciência. Qual seria o "justo" não sei agora dizer. Ou se achassem justo aumentaríamos de forma assintosa o preço do Jet, para podermos ter gasolina e gasóleo mais barato. Parece-me justo. E a vocês? O que a TAP iria achar já era diferente. Teria que aumentar de uma forma assintosa os bilhetes de avião. O que acham preferível? Não viajar de avião tantas vezes e mais de carro , ou vice versa?

Não claro, o que queremos é tudo mais barato, o Jet, o gás, a gasolina e o gasóleo. Mas há um pequeno proquiquó.É que enquanto países sem petróleo no seu terrritório já há décadas quo o exploram e produzem noutras partes do mundo, nós , portugueses só há muito poucos anos damos o primeiro passo na exploração do petróleo.

Que, como sabem, AINDA não temos.

Havemos de o ter, bem como as energias alternativas, para que a eliminação da utilização de combustíveis fósséis seja gradual.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Os filmes porno

Quem é a Erica Fontes? Podem procurar na net. Pelo que sei é uma estrela portuguesa de filmes porno.

Tem hoje 19 anos.

Quando tinha 18 anos um amigo meu foi à feira erótica e à segunda vez lá conseguiu ser fotografado com ela quando a rapariga tinha ainda 18 anos. Na altura ela trazia vestidas uma cueca e um vestido de malha de rede a deixar ver os seios. Tirou uma foto de joelhos em cima de uma mesa e o meu amigo a abraça-la pela cintura. Ele tinha 47 anos. Actualmente com 48 anos foi novamente à feira erótica e mostrou embevecido no FB uma nova foto dele com a Erica. Ela já só com uma sainha de pregas e voltada para ele e já muito encostada. Ele radiante.


Eu gostava que alguém me explicasse como é que um homem que tem uma filha a entrar na adolescência tem orgulho numa foto deste tipo que inclusivé pode ser vista pelos filhos.


Quando vi a foto só me apeteceu resgatar a rapariga. Pensei : se ela com 18 anos já se sujeita a isto tudo , quando teria começado? Com 13 ? Que vazio. Que falta de amor próprio. Aguentará à custa de drogas? Quem tem esta rapariga que se interessa por ela? . Quem cuida dela?


Mas , o pior para mim, foi ter gostado desse amigo e, ver ali, o indesculpável, à minha frente.

As invejosas II

Quando há um tempo referi que o mais certo , se tivesse um companheiro no fim dos meus dias seria para eu tratar dele e nunca ao contrário, eis senão quando vejo ontem um documentário que prometia muito, sobre "os homens que tratavam das esposas incapacitadas".

Fiquei de olho rasado de água quando o homem do 1º caso apresentado dizia como a amava. E que era ela que o fazia continuar a viver.

Mas, depois sou franca fiquei muito desgostosa quando filmaram a senhora em grande plano e aparecia um buço enorme. Acho horrível e de muito mau gosto a quem estava a filmar.
Continuei à espera, falou um rapaz que está a fazer um estudo na Universidade sobre os homens portugueses que tomam conta das companheiras incapacitadas e......qual não é o meu pasmo e só há UM caso mostrado. É é isso mesmo que estou a dizer....não mostraram nenhum caso mais!!!
Só o da Sra, Teodora ou Isadora ou Dora, que nem o nome se entendeu bem. Também quero acrescentar que neste caso, neste único caso, também apareciam umas MULHERES. Aquelas que iam dar-lhe banho. E não só.

O meu pai também já toma conta da sua esposa. Se não fosse ele, ela não viveria como vive. Mas ela não tem Alzeihmer. Felizmente. Quantas estarão a ser tratadas com desvelo por homens sem nada poderem dizer como aquele caso degradante que eu própria vi, de uma tia do meu ex marido que vivia que nem um animal, "tratada" pelo seu filho. E nunca se queixava. Ele , o filho não a tratava mal. Simplesmente nem a tratava. A família nada fez. A casa cheirava muito mal. Horrivelmente mal.

Mas a minha mãe desde pequena que me ensinou a entrar dentro da casa dos necessitados e a ajudar.
Eu também quis pôr a mão na massa mas, não me deixaram, porque o filho ficaria fulo e não deixava. Acho que recebia um xis por tratar da mãe. Não queria que ninguém tratasse dela. Até as visitas eram malvindas.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Processo

Na noite de Natal a minha irmã dizia " ai não não posso comer isso Nita, engorda muito , estou muito gorda".

"Então mas é tudo feito no forno, e cozido, não faz mal".

Depois de confessar que comia mais comida pré cozinhada e doces eu disse toda contente:

"Tás a ver? Nós cá em casa , somos pronto, assim, gordinhas mas comemos muita salada, fruta, e nada de sobremesas"

Uma voz fez-se então ouvir.

"Ouve mãe, estou farta. Farta que nos definas como 'gordinhas', nos definas assim para os outros de fora. Foi no dentista, "lá em casa somos míopes", foi com o zé no outro dia, olha tira essa última costoleta que nós somos anafadinhas e tu não és". Chega! Não tens nada de nos inferiorizar no sentido de te fazeres vítima. Como se fossemos umas pobres coitadas. Se TU és gorda di-lo mas não nos metas no mesmo saco!

Eu abri a boca e fui resmoneando , justificando, ora, pois se eu pensasse que isso era mau, nem dizia, etc, mas parei.

"Tens toda a razão filha. Não há justificação para eu fazer isso em conversas. Desculpa. A partir de agora não quero nunca mais dizer isso".

E tinha toda a razão. São fantasmas antigos. Medos de invejas. Porque o que eu quereria dizer é, nós alimentamo-nos bem, apesar de não sermos magrinhas, comemos muito bem. Talvez a quantidade pudesse ser menor.
Mas na verdade, acho que somos lindas.
Mas cada uma à sua maneira. Não vos posso meter no mesmo saco que eu.
Ao mesmo tempo, quando digo estas coisas, estou a livrá-las de culpas e a pô-las para mim. Mas tens razão. Não há razão. Nem para me culpar ou culpar seja quem for ou, para nos minimizar com medo de invejas.

Obrigada Susana por teres tido a abertura de me confrontares.