Claro que cada uma das nossas vidas dava um filme.
Ouvi há pouco tempo um padre dizer uma coisa que me prendeu a atenção. Enquanto listava o que devíamos de abdicar para sermos verdadeiros cristãos , ele mencionou a "auto-suficiência".
Fiquei a matutar. Eu sou muito independente de facto. Mas, pensando no que muitos amigos me dizem qu eé : "afasta-te um bocado", não podes estar assim tão ligada a esse problema, não é teu", "pensa mas é na tua vida e nas tuas miúdas", percebo o que queria dizer a Palavra. Lembrei-me de muita gente que conhço e que conheci, muito ciosos das suas rotinas, gestos, sequências, hábitos, horários, constituição do pequeno almoço, com quem se deve dar ou não, as escolhas que fizeram, como arranjaram a suas vidas por forma a ter o mínimo de sobressaltos, e de , poder aparentar , nesta calamaria um perfil de vida "normal".
Mas , não pode ser.
Como posso eu ficar indiferente aos dois gatos que vão perder a dona, porque esta vai para a Suiça e lá não a deixam ficar com eles e, a neta, que já não tem a esperança de se reconciliar ou sequer dar com a mãe, e que vai ficar cada vez mais sózinha, apesar de ficar a viver com os outros avós, cuja figura paterna é muito bruta?
Se ela , uma miúda, acabada de ser mulher, me dá este exemplo de força, ao tentar encontrar um lar para os gatos que ela própria adora, como posso eu ficar de braços cruzados acariciando apenas o meu gato?
Não.
Vou pôr no facebook pelo menos. são dois gatos muito bons e calmos e que gostam de estar um com o outro. Como irmãos. Se alguém quiser ou saber de alguém que os quer, digam-me.
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