terça-feira, 17 de agosto de 2010

A cauda do cometa

Os casamentos nunca acabam, dizem.

No meu caso ainda perdura muito em sonhos.

Dizem , que os sonhos são , na maioria dos casos, vivências que tivemos e que são finalmente " aceites" pelo nosso imo.
Ou que projectamos.
Uns que tive em grávida eram horríveis, de tão reais que pareciam.
Uns que tive em pequena eram horríveis, de tão verdadeiros, fruto da relação com o meu pai, mãe e irmãos.

E ontem, "despedi-me" de algumas coisas que perdi com o divórcio.
Revi os meus grandes amigos, com quem tive saídas regulares muito divertidas e que incluiram festas, viagens, jantares, estudo. Casámo-nos quase ao mesmo tempo e tivemos os nossos filhos quase ao mesmo tempo. Fomos uma grande família.
Ontem, então, ia num barco tipo iate, bem grande, um amigo meu anda de bicicleta na água com o filho mais velho e depois foram recolhidos no barco. A minha amiga Cris, tocava piano de uma forma virtuosa e quanto mais enérgicamente tocava, mais depressa andava o barco. Não estava tranquila e senti-me sózinha, pois apesar de tolerarem a minha presença, senti um elo mais profundo entre eles do que comigo e eles.

Mas, a vida é formidável. E uma coisita, chamada facebook, levou a rever-nos ( almoço de curso), a voltarmos a enviar mensagens pelo telemóvel nestas férias e, a escrevermos uns aos outros.
Há laços que nunca se desapertam, podem ficar mais velhos ou lassos , mas , lá estão.
Sobrevivem aos divórcios, às separações, e isso fez-me acordar feliz.

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