Hoje é assim. Temos este paradoxo. Queremos amor, amor fiel, pedimos à outra pessoa para abdicar das suas coisas e se juntar a nós, incondicionalmente. Amamos muito e queremos ser amados com a mesma reciprocidade. Mas, como uma parte mais esperta, mantenho cativa a minha liberdade. Quero pedir ao outro o seu amor incondicional mas, o ideal é eu manter a minha liberdade o mais intacta possível. Não abdicar de fazer as mesmas coisas que fazia, continuar com os meus amigos, com os meus hábitos.
Ah, bom!!!!Pois é! E se o outro pensar da mesma forma.....divórcio.
Depois, temos que amar o nosso corpo e fazer dele o que bem queremos. Mas, se outros não o amarem, é o vazio.
Ainda há que gostar de nós próprios, profundamente, sem precisar da apreciação dos outros para ser feliz.
Ora, não preciso dos outros para gostar de mim e ser feliz.
Então, os outros também não precisam.
Ora bolas. Então, lá vem o vazio outra vez.
Pois eu já tive a minha liberdade, desde o dia em que me separei. Sempre abdiquei dos meus hábitos para a família. Só dois deles não foram totalmente eliminados. A psicanálise, e, precisar de um café de manhã.
Já me dedico- desde que me separei e pelo meio quando vivi 3,5 anos junta com o meu marido, mas sem sermos marido e mulher- de alma e coração às coisas das quais gosto profundamente.
Mas, continuo ainda a gostar mais das pessoas. E do amor. Quando amo, abandono sim , os meus hábitos, deixo sim, os meus amigos um pouco mais de lado, sim, falo menos com a minha família e sim, tento estar o mais possivel com o meu amor. Só assim faz sentido sentir a felicidade do amor. A liberdade, saboreia-se quando estamos sózinhos, nem que seja por algumas horas. Como agora, quando escrevo, algo de que gosto de fazer profundamente.
As minhas filhas no entanto, ocupam um lugar no meu coração muito especial, que o incha, contrai, aquece, arrefece, e, deste modo tornam o meu corpo e a minha mente saudáveis. Vivos.
Atentos para os outros. E para mim. Porque quero estar aqui. Viva.
Gosto tanto de viver, que poucas pessoas sabem disto. Quando era ainda jovem, mas adulta, já me quis matar, já muitas vezes quis morrer, mas sempre quis mais viver, lutar para viver e, mais que isso, ser feliz. Claro que quando revejo isto nos outros, toda me comovo e me chego a eles. É como um elo. Nesses momentos sinto o que pode ser uma alma gémea.
Os gémeos. Amam e são livres juntos.
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