segunda-feira, 5 de março de 2012

Vietnam




Ontem à espera das minhas filhas e a fazer tricot enquanto o gato morde os fios antes de chegarem às agulhas. Antes do ensaio do coro.


Largo tudo e fico estarrecida pregada à televisão.


A história do agente Laranja, um químico largado em milhares de litros para a desfolhagem da floresta do Vietnam do Norte. O objectivo era diminuir as baixas do lado dos Norte Americanos que atingia os 6% por dia. Depois de aplicarem o agente Laranja as baixas diminuiram em 1%.


E hoje, é ver o que aconteceu. Os soldados americanos adoeceram e as suas mulheres deram à luz crianças deficientes mentais.


No vietnam , claro ,o horror é muito maior. Pessoas com tronco mas sem braços e pernas formados até ao fim, deficientes mentais, cancros, abortos espontâneos, paralisisas, e um hospital actual de bébes, a cores, recentes, uns com uma cabeço gigantesca de água, outros com umas espécies de extremidades em barbatanas em vez de mãos e pés.



Depois de estar a ler um livro sobre o problemas dos adolescentes, depressões, dependências, suicídios, e delinquência.



Fiquei siderada. A guerra. O que se faz para diminuir as baixas. Que ironia. E o mais triste é que tornei a ficar mal impressionada com a América. De facto, temos que ser sinceros , foi pelo facto do filho de um dos maiores generais da guerra ter adoecido com cancro pouco tempo depois e , pelo facto de o mesmo ter tido dois netos deficientes, que o tornou mais "compreensivo" em relação ao que por lá fizeram.



E os pobres soldados americanos vêm doidos depois daquela mortandade. Para quê?



Pensei. Em vez das viagens culturais às principais capitais europeias, os nossos filhos deviam de ir visitar o museu do Holocausto, o Vietnam, Hiroshima e Chernobyl. É conhecimento e saber para serem homens e mulheres melhores no futuro. Menos preocupados com o "ter".



E claro outras viagens mais agradáveis também. É no equilíbrio mais pendente para as coisas positivas que reside o estado de felicidade.

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