quarta-feira, 14 de julho de 2010

Manter a lucidez

Há um telemóvel de um colega meu que toca como aqules telefones antigos a que se dava à roda o manípulo, dos filmes de gansters, altíssimo. Há um outro que tem um tlm que simula um grito de terror como nos filmes de Hitchcock e depois faz priiiiiii, priiiiiiiii, priiiiiiiiiiii, altíssimo. A minha colega do lado grita em vez de falar. Primeiro porque é surda e gritar dá-lhe segurança. Depois gritando chama toda a atenção sobre si.

O estômago arde-me porque comi sumo de melancia com café? Nunca me acontece. Mas, neste momento não sei que hei-de induzir o vómito ou aguentar.

Não me apetece trabalhar. Hoje deveria ainda fazer mais 2 passagens do modelo matemático para um estudo em Matosinhos e é tão chato que nem me apetece. E completar uns quadros muito chatos só com referências e números. Porque, o que interessa é questionar a área com quem tenho interface para percebermos melhor como funcionamos. Mas os chefes não querem. Senão, o que sobra? As dicas que dão , as suposições que fazemos cheios de entusiasmo, certos de um rasgo de inteligencia, acabariam.

Cada macaco no seu galho ? Ou seja , não interfiras no meu trabalho que eu também não interfiro no teu? Não saibas muito sobre ele, pois podes descobrir alguns erros? E dar propostas para o melhorar?

É como o facebook. Como o blogue. Expomo-nos muito. Mas é isso que queremos. Queremos o feed back, o eco, a comunicação.

Queremos fazer parte de um grupo e de vez em quando brilhar sózinhos.

Quando comecei a escrever ninguém me via. Mas eu escrevia. Porque gosto muito.
Sonhava. Um dia um gajo ou uma gaja de uma editora, lêem isto e vão querer-me para fazer uma coluna numa revista ou jornal. Como aquela desgraçada de O Sexo e a Cidade, que tem um cabelo maravilhoso.

Vou-me embora.

Está na hora, Nita. Tal como a Zé, de As Mulherzinhas, de entregares os teus manuscritos, sobretudo os que escondes na gaveta do teu quarto. E também a voz. Perguntar nos olhos a alguém de direito. Sobre teatro já sabes.

"Com amor para as minhas filhas", escreveu a certa altura Pearl S. Buck que escreveu dezenas de livros.
A última coisa que peço a todas as mulheres que lerem este borrão: as mulheres de uma forma geral, mesmo em casamentos onde o sexo é praticado e é bom, depois de terem filhos, têm uma responsabilidade e trabalho acrescido de 95% em relação ao que tinham. Por favor, casem ou vivam com um homem por amor, mas, SÓ , e SOMENTE se, esse homem colaborar em TODAS as tarefas a 50%.
É sobretudo por causa disto ( apesar de todas as outras causas que conhecemos) que há divórcios. E o divórcio custa muito . Em muitos aspectos.

Só continuo a perguntar todos os dias, como é possível , ela ter morrido?

1 comentário: