Aproximo-me de ti , os meus olhos por vezes não te conhecem.
A distância desfoca, mantém a aura, o mistério.
Os meus olhos não se dão com os meus ouvidos.
Ouço e não gosto, e o que vejo é tão bom.
Logo a seguir o que vejo, desanima, mas o que ouço ao ouvido, leva-me aos pulos pela rua fora.
E a mente, porque não se coordena com os olhos e com os ouvidos ?
Que cansaço, ter que "ver" com a cabeça.
Ó mente!
Ou mente.
Ou desmente.
Não sei o que me alimente.
O amor que dou plenamente.
Fico plena, embora haja aperto na boca do estômago e o coração palpita.
Ou o que recebo ( recebo?) quase imperceptívelmente?
Fico com fome, quero sentir o estômago, atiro comida pela boca adentro.
Quero perguntar, quero retorquir, quero estar ao mesmo nível, mas sou mantida sempre à distância.
A distância varia consoante a situação impôe.
Amiga.
Amante.
Amiga.
Amante.
E assim por adiante, sem haver coragem.
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