Ai , que bom, ai que bom.
Botas pretas, brilho a couro, cano bem alto e salto alto e grosso.
Gangas compridas só a deixar ver o bico das botas.
Beijar-te.
Uma busa sexy um colar comprido, de metal.
Comprar um puff de couro castanho ou preto, quadrado ou circular.
Estar unida a ti.
Comprar um soutien desgraçadamente picante e umas cuecas que não são cuecas.
Poder cheirar-te.
Ver um homem bonito a olhar-me com admiração.
Fingir que te vou dar uma palmada e tu encolheres-te a rir.
Puxar a minha filha pela rua abaixo e ela a rir , quase sufocada, a adorar.
Sentir a tua voz macia e doce comigo.
Encostar-me à umbreira do quarto e fazer sorrir sem ela querer, a minha filha mais velha.
Ver como arrumo bem a casa, como é acolhedora e funciona.
Ver tantas coisas que te quero comprar e não comprar nada.
Abraçar um gato ou um cão de encontro a mim e sentir a paralisação de prazer do bichano.
Dar-te o teu queijo favorito.
Sentir-me corar quando um galã me dá a mesa de um restaurante para mim e para as minhas filhas.
Rir-me ao rir com alguém que ri de alguma borrada que fiz.
Apertar-te, querer segurar-te.
Eu já não era tua, agora também não sou.
Foi-se a minha privacidade : dantes saía da minha para ir para a nossa.
Agora saio da minha para não ir para a nossa.
Ouvir as tuas convicções, já entarmeladas pelo álcool.
Olhar os teus olhos, à procura de algo onde se prendam, numa tecla, num fio de fumo, como a uma tábua um naúfrago, que sem ver a costa se pergunta se se deve deixar ir, escorregando, ou ficar fincando os dedos.
Estremecer a ouvir-te, a pensar que nem sonhas nem imaginas como estou a gostar de ti naquele momento. E nada dizer.
Ai, que bom, ai que bom.
Pensar em cada um dos meus amigos.
Querer correr para o pé deles.
Telefonar-lhes.
Escrever-lhes.
Quero aprender a cantar.
Ai, que bom, ai que bom..........
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