quinta-feira, 30 de junho de 2011

O Homem Ideal

E foi o filme que vi. Não sei bem se o título era exactamente este. Com a Rennée Zwellenger.
Espectacular.

E na continuação da autosuficiência. Eu descreveria o tema como suficiência.

Sobre o facto de não sermos demasiado autosuficientes.

A heroína do filme farta de o marido andar em digressão a cantar, com dois filhos, meteu-se à estrada com o objectivo de arranjar um marido e um pai para os dois rapazes. O filme é muito divertido e no fim vão parar a Hollywood onde a mãe já não aceita convites para sair apesar de ser considerada uma mulher líndíssima.

Ela percebeu que em relação ao ex marido, embora não certa se ainda o amava, teve a certeza de que já não precisa dele e depois que também não precisa de casar com nenhum homem para ter uma vida feliz. Ela é feliz trabalhando e vivendo com os dois filhos.

The End.

A vida é um filme

Claro que cada uma das nossas vidas dava um filme.

Ouvi há pouco tempo um padre dizer uma coisa que me prendeu a atenção. Enquanto listava o que devíamos de abdicar para sermos verdadeiros cristãos , ele mencionou a "auto-suficiência".
Fiquei a matutar. Eu sou muito independente de facto. Mas, pensando no que muitos amigos me dizem qu eé : "afasta-te um bocado", não podes estar assim tão ligada a esse problema, não é teu", "pensa mas é na tua vida e nas tuas miúdas", percebo o que queria dizer a Palavra. Lembrei-me de muita gente que conhço e que conheci, muito ciosos das suas rotinas, gestos, sequências, hábitos, horários, constituição do pequeno almoço, com quem se deve dar ou não, as escolhas que fizeram, como arranjaram a suas vidas por forma a ter o mínimo de sobressaltos, e de , poder aparentar , nesta calamaria um perfil de vida "normal".

Mas , não pode ser.

Como posso eu ficar indiferente aos dois gatos que vão perder a dona, porque esta vai para a Suiça e lá não a deixam ficar com eles e, a neta, que já não tem a esperança de se reconciliar ou sequer dar com a mãe, e que vai ficar cada vez mais sózinha, apesar de ficar a viver com os outros avós, cuja figura paterna é muito bruta?
Se ela , uma miúda, acabada de ser mulher, me dá este exemplo de força, ao tentar encontrar um lar para os gatos que ela própria adora, como posso eu ficar de braços cruzados acariciando apenas o meu gato?

Não.

Vou pôr no facebook pelo menos. são dois gatos muito bons e calmos e que gostam de estar um com o outro. Como irmãos. Se alguém quiser ou saber de alguém que os quer, digam-me.

Isabel Maria Pinto Coelho

E pronto , é só isto. Um velório, uma missa, uma missa de 7º dia e sais da minha vida. digo minha porque não sei a dos outros. quando te coonheci tinhas um homem, deste-me a tua simpatia e alegria, e contavas as saidas de fim de semana, os cozinhados , as férias na Europa , África, Médio Oriente e, em segredo mostraste-me o tal nosso colega em todas as fotos. Dezoito anos , vim eu a saber, embora não vivendo juntos diáriamente.
e aquela família africana, cheia de filhos, da qual "adoptaste" a Michela? Onde estavam? Não os vi.
E o teu homem? Assim que ficaste doente, começou a dar desculpas e a desaparecer ?
É certo. Eu também já te evitava um pouco no final. Não ouvias e tossias sem misericórdia.
O que podíamos falar? Vivias hora a hora. Já não era um dia de cada vez. Mas não te quero esquecer. Para isso tenho a minha cabeça, uma ânfora qu eme deste na sala e uma grande e fôfa rena com guizos no meu quarto.
Quero também uma foto tua. Eras muito bonita, mas não entendo que raio de vida e de muros construíste que no fim , só os colegas te homenagearam.
Lembro-me de todos os conselhos que me davas sobre os hoemens e sobre a vida. Eu pedia-tos e ouvia.
Lembro-me de um dia muito horrivel, em que o homem que eu amava, me telefonou a soluçar alto da morgue onde jazia a filha de 21 anos acabada de falecer. Tu aproximaste a cara da minha e disseste num tom que não admitia réplica. "Controla-te! Deixa-te disso imediatamente. Pior era se ela tivesse sobrevivido e ficasse aleijada para o resto da vida". Achei isso tão cruel. Mas acalmou-me. Estava ano local de trabalho e compreendi-te.
Tu no fim dizias, " queixar-me ? porquê? não, há gente que está muito pior que eu". Porque as viste e sabias.
Um abraço muito grande. Fico com o teu sorriso , o teu riso , a tua elegância e o copo de plástico onde bebeste água ainda está no meu carro. Bem hajas por tudo o que me proporcionaste e também à Michela . Que ela nunca te esqueça e tenha a sorte que lhe desejaste.